terça-feira, 12 de abril de 2011

EDUCANDO PELO MEDO / ou / “PAU NO BICHO”

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Meu avô materno, Vicente, era um descendente de poloneses em sua segunda geração no Brasil. Não o conheci, pois faleceu em 1967, um ano antes de meu nascimento, mas por relatos confiáveis e apaixonados, sei que era daqueles homens que mantinha no fio do bigode a sua reputação. Valia o primeiro dito, e a hombridade era sua mentora. Baixinho, portava um bigode vasto, cujo cuidado extrapolava até o bom senso. Homem de palavra forte, no entanto, com um coração capaz de explodir frente a qualquer injustiça.

Roceiro que acabou sendo por toda sua vida, foi criado naquele sistema antigo, pela imposição do medo. Se fizesse tal coisa o dedo cairia, se falasse palavrões ou mentiras a língua secaria, se não obedecesse aos pais, o “coisa ruim” apareceria, e por aí vai. Hoje, as crianças dariam risadas frente a tal coisa, mas na época (começo do século passado), era tudo levado muito a sério, e o medo imperava.

requinta / image by Google
E meu avô cresceu. Já na pós-adolescência, se transformou num músico por natureza. Não sabia ler ou escrever, mas a sanfona e a “requinta” dispensavam essas necessidades. Para os pais, aquilo era um problema. Como segurar em casa um jovem talentoso e trabalhador, se as moçoilas estavam ávidas por casar rapidamente? Acabavam empunhando o medo como jeito de censurar e manipular. “Não saia a noite, pois o ‘coisa ruim’ pode te seguir”, dizia minha bisavó. “Olha, que o ‘bicho feio’ vem levar teu dinheiro”, completava meu bisavô.

Numa tarde, após entregar uma carroçada de hortaliças numa quitanda, meu avô se preparava para ir ao baile. Seus pais, cuidadosos em excesso com ele, começaram com as suas. “Vi aquele do capote (o ‘coisa ruim’) rondando por aqui”, dizia a mãe. E lá vinha o pai: Óie... se você sentir cheiro de enxofre, pique a mula. E nada dele desistir de ir ao tal baile. Era maior de idade, gostava de um vaneirão, e por certo iria, com ou sem aprovação dos pais, o que era uma coisa rara para a época.

Procurando não dar muito ouvidos, mas temeroso, lá foi meu avô, montado em sua égua. Tinha um enorme cuidado e amor por qualquer animal, mas aquela potranca era especial. Na ida, e com tudo claro, nenhum problema, já na volta do baile, com tudo escuro e virado num breu, a coisa apertava. E mesmo Vicente sendo daqueles que não corria de ser vivente algum, tremia na base quando o assunto era qualquer coisa do outro mundo.

Ao chegar perto de casa, foi logo desencilhar a égua e tratá-la, mas afinou os ouvidos, pensando ter escutado alguém pisar o capim seco. Um arrepio correu por sua espinha e incomodou até a égua, que ficou arisca, e o assustou mais ainda. “Será o cramunhão? Jesus tem piedade!”. Com esses pensamentos, meu avô terminou o trato ao animal e se preparou para sair do celeiro. Olhou para o lado e viu um chicote trançado, feito de couro cru. O pegou e saiu pé ante pé. Os olhos, inquietos, divisavam tudo em linha reta, e quando virou porta afora, um uivo esganiçado tomou conta do ambiente.

--Valha-me, Deus. Vá de retro, coisa ruim. Tem piedade dessa alma minha, que é a única que eu tenho... --ficou em silêncio por um instante e olhou para o chão. --Você? Cão danado. Devia te dar uma bronca por quase fazer eu me borrar.

Meu avô tinha um cachorro perdigueiro que vivia aos seus pés, e na saída, o coitado do animal estava deitado à porta. Sem vê-lo, meu avô pisou em sua pata e a gritaria foi enorme. Mais calmo, mas com o coração ainda acelerado, lá foi Vicente no caminho de casa. Tudo ali era distante, e para chegar até lá, tinha que passar por duas porteiras e um mata-burro. Um pouco adiante, no meio de algumas árvores e passagem obrigatória, algo se mexia, como uma sombra.

mata-burro / image by Google
Na medida em que se aproximava daquele pequeno bosque, meu avô arqueava os ombros. “Será?”, pensava ele, temeroso. Mas seguiu, olhando para o cachorro e tocando-o a frente dele. “Vai, cão. Qualquer coisa, eu te defendo!”, resmungava. E a escuridão parecia aumentar, junto com a chuva fina, que deixava tudo muito liso. Quando finalmente chegou até as árvores, um cheiro enjoativo, parecendo algo apodrecido, veio até suas narinas. Aquilo o deixou ainda mais temeroso. Como se não bastasse isso, uma sombra surgiu dentre as árvores, parecendo envolta numa grande capa. E daquela sombra, uma voz rouca começou a falar, deixando meu avô pálido e tremendo até o calcanhar. Ele tentou caminhar para trás, mas patinou no terreno e caiu sentado.

--O dinheiro! --falou aquela voz, parecendo tomar todo o ambiente. --O dinheiro!

Ao se por em pé, meu avô lembrou do chicote que carregava, e não pensou duas vezes. Bateu com gosto, e foi batendo, batendo, até que aquela sombra saiu correndo pelo meio do campo. A sombra despencou para um lado, e meu avô para o outro, sem sequer lembrar do barro pelo carreiro.

Entrou em casa e correu para um canto, olhando pelo estreito da janela. Todos se assustaram, e minha bisavó logo perguntou:

--O que é isso, criatura? Até parece que viu o “coisa ruim”? Cumpadí Honório teve aqui inda agorinha. Por sorte, ele não te viu nessa agonia toda, senão, amanhã corria que você era um frozinha. O que foi? Brigou no baile? Bem feito.

Meu avô nem quis se ater naquela conversa. Quem sabe, nem conseguisse falar, frente ao susto. Mas, tudo bem, no outro dia contaria o ocorrido. E assim, a noite passou, lenta e com ele coberto até a cabeça. Já cedo, mal saindo da madrugada, um bafafá enorme se armava na cozinha. Vicente levantou e espreitou, estranhando a presença do padre e do padrinho Honório ali, naquela hora.

--Vicente, venha aqui, meu filho. O que aconteceu ontem, afinal? --o pai perguntou, apertando o cachimbo contra a boca.

Meu avô relatou tudo, se vangloriando de ter dado a maior surra no “coisa ruim”.

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--Que “coisa ruim”, que nada! --o padre gritou, interrompendo a narrativa de meu avô --o tal “coisa ruim” que você chicoteou, era o teu padrinho Honório, que estava escondido naquelas árvores para se proteger da chuva.

--Mas, e aquela voz esquisita, e ainda por cima me pedindo dinheiro, igual que nem que minha mãe sempre fala? --meu avô argumentou, pasmo.

--Ele tá que não pode nem falar, de tão rouco pelas cantorias nesses bailes. E o dinheiro? Tinha vindo te pagar pelo carregamento de legumes de hoje à tarde, seu abestado. --o padre completou, visivelmente irritado.

--Mas... Mas... E aquele cheiro ruim, parecendo sovaco sujo de cavalo? Não é o cheiro do inferno? --meu avô continuou, como se tentasse ainda se defender.

O padre respirou fundo e olhou para todos, completando.

--Já cansei de falar pro Honório tomar um banho por semana, pelo menos, que evita muitas coisas ruins. Muitas.



********************************



Em homenagem a meu avô materno, Vicente Staroy, que o câncer levou deste mundo em janeiro de 1967. Um homem que não conheci, mas que respeito e admiro. Nascido e criado na roça, um respeitador das leis de Deus, teve em seu caráter e na força dos braços as ferramentas para criar 10 filhos, e dar a eles um exemplo a ser seguido. Sem contar que deixou um infindável número de “causos” a serem contados.

Marcio JR

26 comentários:

  1. Boa história e escrita de um modo encantador. Lembrei o tio Joaquim sentado à lareira e a contar destas histórias.
    Todos tremíamos de medo...ufa....

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  2. Marcio,

    Que causo danado de bom de se ler!!
    E o coitado do Honório, além de apanhar, ficou com a fama de fedido, kakakakak!

    Abraços

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  3. kkkkkkk, tb estou com pena do Hónorio, tadinho pagou por todo o terror do "coisa ruim"...
    Parabéns Marcio, muito bem escrito, nos faz vivenciar cada palavra!
    Abç!

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  4. Marcio...

    Por demais de bão hómi!!! Eu me recordo de muitos causos contados por tios no passeio(varanda) a luz de lamparina à querosene do casarão de madeira onde passava férias qdo menino... "Aterrorizantes"... hehehehe

    Mas essa tua estória foi ótima...

    Deusssssskiajude
    Abraços
    Tatto

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  5. Oi Marcio, gostei muito da história, em algumas partes, sorri, outras tive medo...rsrs.
    Meu papai, que também já partiu, contava muitos "causos" para nós, e se era noite, eu fazia como seu avô, dormia com a cabeça coberta de medo.
    :)

    Tenha uma deliciosa noite.
    Beijos meu amigo.

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  6. Que delícia de causo e como é bom poder ter tantas coisas pra lembrar,não? Adorei! abraços,chica

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  7. Acabei, nesse minuto de publicar lá no sementinhas pro ARTUR! Espero que ele goste! abraços,chica

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  8. Que legal Marcio, adoro essas histórias e principalmente se fosse la no sitio do meu amado papai,falecido a 25 anos... era bom demais e tinha cada historia de arrepiar que nem a sua assim, MAS ja que papai se foi, o sitio tambem, que bom você contar aqui e me trazer tão doces recordações.
    Beijossssssss meu querido e obrigada pelo carinho la no meu blog, suas palavras fazem TÃO bem a alma, sabia!


    Ah!!! Dia 14/04, la no arena, CACA???
    Mas não perco mesmooooooooooooo

    BeijossSSSSSS meu lindo.

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  9. Querido amigo,
    Que avô arretado você teve, rs.
    Os medos vão se criando dessa forma, de tanto ouvir falar, na hora H a emoção vem antes da razão. Coitado do padrinho, tomou chuva e alevou umas lambadas.
    Linda homenagem ao avô e tenho certeza que deixou boas marcas em você, embora não o tenha conhecido.
    Carinhoso abraço.

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  10. Que estória linda, Márcio.Engraçada, mas me emocionou.Parabéns pelo talento.

    Uma linda semana.Bjs

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  11. Oi Márcio... É tão bom ouvir "causos", ainda mais das pessoas que admiramos, e esse, do seu avô, é muito bom. Coitado do Honório! Muito bom, poeta! Abraço!

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  12. Oie,

    Também gosto muito de um bom 'causo'..., minha avó de vez em quando conta cada um.

    Beijão.

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  13. Gostei tanto !!
    Lembrei um pouco da minha infância , quando perdi minha mãe ,meu pai sozinho com cinco filhos pequenos ,resolveu colocar uma babá e ela era bem velhinha rsrs toda noite ela contava historias de assombração e ainda fazia voz do coisa ruim rsrs kkkkk nunca mais esqueci e o mata burro também já ouvi do meu pai histórias cabeludas ( morei um bom tempo no interior) e era mesmo bons tempos!
    Adorei e sinto no ar que gostas bem de um filmezinho de terror , mas eu acho ótimo ,agora vou me cobrir até a cabeça rsrsrs

    Parabéns Márcio Obrigada pela boa leitura
    abraços

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  14. Um conto muito gostoso de ler e me proporcionou uma viagem linda ao tempo em que, por quatro meses do ano, íamos para a Fazenda dos meus Tios. Vou voltar sempre or aqui.

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  15. Oi Marcio, que otimo post parabens!!

    Lembrei muito de uma infancia feliz!!

    Sabe que o meu pai contava muitas historias assim !!!

    Ele e do Piaui, e la tem muitas lendas.Cresci ouvindo falar da mula sem cabeça ,lobisomem entre outras.

    Mas essa historia do seu avo foi demais coitado do Honorio kkkkkkk.

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  16. Maninho,
    A narrativa foi interessante e espirituosa.
    Foi muito bom saber como eram, o que falavam.
    É muito curioso mesmo.
    Mas coitadinho do padrinho dele, tome chicote rsss.
    A coragem ali estava forte. Porque com todos os argumentos criados, para ele não ir ao baile não deu resultado.
    E depois o susto da volta foi tomando rumo de pavor.
    E o engraçado foi pela manhã quando ele todo prosa , contou a história e tomou um banho de água fria rsrsrs.
    Amei te ler e saber mais um pouco do teu avô.
    Maninho, obrigada pelo carinho.
    O bom de se ter amigos é que eles abraçam, com gosto de aconchego mesmo na distância.
    E nos fazem sorrir e acreditar, que o mau é apenas um grão insignificante e nunca será semente num coração que ama.
    Um beijo querido.

    Fernanda

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  17. Surpreendente que parece um conto de mistério e depois transforma-se rapidamente numa comédia.
    Bela homenagem amigo!
    abração

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  18. Bom dia, Márcio!

    A sua espetacular narrativa me transportou a minha infância e a lugares com descrição comum aos que fizeram parte dela. A porteira, o mata-burro, lugares mau assombrados, histórias dos avós e dos pais, que nos metiam medo e se refreavam nossos ímpetos de fazer "capetices".

    Tenho uma crônica no Recanto, na qual conto histórias do "Murunga", era o tal coisa ruim que nos atentava tanto. Nela comento, o mesmo que gostaria de comentar aqui. Até que ponto a educação que tivemos, norteadas por estes princípios, foi eficaz no sentido de tornar-nos mais prudentes, precavidos, ou que outros medos geraram pela vida afora. Difícil dizer e não há como generalizar, mas falando por mim, creio não ter me deixado nenhuma sequela, mas não repeti e tentei educar meus filhos, sem medo algum. Claro que estamos eu e eles em contextos e épocas muito diferentes, mas às vezes me surpreendo pensando, não estariam nossos pais e avós com a razão? Quando assistimos a cenas como esta recente, do massacre das crianças por um jovem tão destemido e a outras tantas atrocidades que vem acontecendo pelas mãos de outros jovens, será que não faria bem um pouquinho de medo? Talvez nunca saibamos a resposta, mas o certo é que a educação familiar é fundamental para nos postarmos diante do mundo.

    Desculpa Márcio, acabei extrapolando meu comentário, mas é que todos os seus excelentes textos são convidativos a pensar.
    Nota: estive tentando acessar seu blog nestes últimos dias e não conseguia concluir meus comentários e ainda não consegui acessar o ARENA. Creio que algum problema em meu pc, embora estivesse acessando normalmente os outros blogs.
    Um grande abraço, meu amigo Márcio e obrigada pelas visitas e comentários, sempre muito atenciosos e bem vindos em meu blog.
    Celêdian

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  19. Bom Dia..
    A algum tempo não passava em seu blog devido a falta de tempo.
    Hoje li sua postagem .
    Um excelente texto nasci na roça mesmo imagina cada coisa que passei com esses medos que você relatou tão rico em detalhes.
    Eu até hoje me pergunto se tudo que ouvia era verdade.
    O meu pai contador de cada coisa de arrepiar até caréca e guardei aquilo tudo muitas vezes chego a imaginar .
    Hoje com alguns problemas de saúde de emocional um médico me disse que muitas coisas guardamos na santa cabeçinha quando criança levando pela vida toda.
    Hoje vejo como história e engracado mais quem sabe alguma coisa realmente não contribuiu para os fatos de hoje.
    Um abraço sincero e amigo,Evanir .
    www.aviagem1.blospot.com

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  20. KKK...Muito bom esse "causo" do seu avô que deve ter sido mesmo um homem especial!Adorei sua história bem ao modo do pessoal da roça!Sinto por não ter conhecido seu avô!Bjs,

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  21. Meu prezado amigo, e maravilhoso cronista!
    Entrar aqui na sua página e ler uma das suas crônicas é igual fazer uma viagem ao mundo das lembranças, nostalgia, saudade, humor, e etc. e etc....
    Márcio, admirável seu talento em relatar algo! Um balsamo para o leitor este teu relato!
    De início um suspense dos infernos... deixando aqui e ali uma dose de maravilhoso humor, sem contar com a nostalgia e saudade que ressuscitou em mim ao relembrar contos muito semelhante sobre este "bicho rum" ou "coisa mal" que ouvia eu quando bem menina nas tantas historias contadas por meu pai.
    Acho que meu pai era desta época deste seu bisavo, e também frequentava
    "amedrontado" estes bailes. CREDO!
    Aqui sou EU que agradeço por a leitura!
    Uma linda noite!
    Ando no momento um pouco ausente de tudo e todos...
    Saudades...

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  22. rssss Ai Marcio me encheu de saudade da minha avó, com os causo dela rss.
    Eu ainda cheguei a ter ela comigo durante alguns anos, fumava fumo de rolo, naquele cachimbo e sentava com a gente e danava a contar as histórias, fora que era uma metidaaaa, depois da minha mãe, acho que ela foi a pessoa mais cheirosa que conheci na minha vida.

    Tadinho do seu avô, mas o pessoal queria o que neh, fazendo tanto medo nele.

    Eu que nem sou medrosa pra dizer ao contrário, uma vez acabou a luz aqui no bairro e eu contando historia de terror junto com uma turma, caraca, era sobre um homem que ia virando um boi por ser muito ruim,com os animais, Marcio, na hora, naquela escuridão, passa um carro com uma buzina com barulho de boi, bem em frente daqui de casa rsss, eu sério fiz xixi na calçinha, fora chorar e rir ao mesmo tempo, com toda a gritaria e correria de todos pra dentro lá de casa. desulivre, tá vendo, também já tive meus kong rsss, um dia te conto rsss.


    beijocas homem que dolooooo

    Hoje é dia do beijo

    Já ganhou muitos hoje?

    vim te dar um monte, beijinhoss.

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  23. Muito bom! Marcio que riqueza de detalhes , que linhas que remetem a nostalgia , a sua história ,suas raízes.Bela homenagem .E vc já lançou um livro com suas crônicas?
    beijos

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  24. Meu caro Marcio,

    mas que saborosa narrativa escreveste, daquelas que dá vontade que não termine nunca! e pôsto que seu avô deixou um infindável número de histórias assim, te pergunto eu, por que não escolher algumas e enfeixá-las em uma série e torná-las um livro, amanhã? tenho certeza que leitores não faltarão! a começar por este teu amigo aqui.

    Tua prosa está cada vez melhor, Marcio, dominas a linguagem de ponta a ponta, é um verdadeiro deleite vir aqui e te ler. Fiquei especialmente sensibilizado pelo fato de que teu avô tocava clarineta em mi bemol, realmente...

    Muita saúde, meu amigo, bom dia dia e um forte abraço do

    André

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  25. Oi amigo Márcio!!!

    Vocé me transportou à minha infância(e olha que já vai bem longe!),aos causos de meu avô e à pacata cidadezinha onde nasci e vivi até os seis anos de idade...tínhamos o hábito de sentar à beira do fogão à lenha e ali meu avô desfiava os seus causos de assombração.
    Sua história nos prende,o seu talento é evidente em cada uma e vou prosseguir nesta viagem por seu blog para me encantar cada vez mais,tenho certeza.Já pensou em escrever um livro,amigo?Pensa nisto com carinho,viu?

    Amanhã lerei mais,agora o dever de dona de casa me chama.

    Bjssssss,
    Leninha

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