quinta-feira, 31 de março de 2011

LOUCAS, PERIGOSAS E ARMADAS COM O CARTÃO DE CRÉDITO

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Tenho passado por cada coisa nessa vida, que por vezes nem eu acredito. Como todo ser humano, vez ou outra preciso renovar minhas roupas, mas não sou daqueles que perde horas procurando ou provando. Nesse ponto, prefiro ser prático e rápido, apenas privando pelo conforto e por aquilo que me agrade aos olhos. O fato é que sempre que vou ao shopping para comprar roupas, me vejo enroscado em alguma encrenca, e normalmente pago sem dever.

Como conheço vários comerciantes (normalmente são meus clientes), procuro sempre algum conhecido. O engraçado é que, com o tempo, reparei que as vendedoras de lojas de roupas preferem atender aos clientes masculinos, largando para os vendedores (pobres coitados) a clientela feminina, principalmente as mais afoitas. No que cheguei à loja, reparei que duas mulheres olhavam para um certo traje na vitrine, ainda pelo lado de fora. Ao entrar, uma vendedora e um vendedor, os quais eu conhecia, me viram, e notaram que logo atrás entravam aquelas duas mulheres, já quase se empurrando. A vendedora se apressou e correu para me atender.

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Com vinte minutos, eu já havia feito uma pequena compra e estava satisfeito, e foi aí que se deu o perrengue. Quando olhei para o coitado do vendedor, ele já quase mediava uma luta livre entre aquelas duas mulheres, que embestaram ambas de querer o mesmo traje. Mas, só havia um na loja, e foi o maior corre-corre. O traje era composto de duas partes, e cada uma delas pegou uma peça. Na loja, além dos dois vendedores, ainda havia um terceiro (gerente, eu acho) e eu, e foi para o meu lado que elas vieram.

--Isso não fica melhor em mim? --uma delas perguntou, colocando a calça do traje na frente do corpo.

--Fica nada! --a outra interferiu, sem me deixar responder. --Ela é gorda e nem vai entrar nessa calça apertada. “Né” que você acha ela gorda?

--Gorda? Eu? --a primeira me olhou e fuzilou, como se eu é que a tivesse ofendido. --Seu atrevido, seu canalha. Fica “se fresqueando” para essa perua!!! No mínimo, deve ser um daqueles maridos safados, que deixa a mulher limpando a casa e vem na loja de roupas só para ficar paquerando uma mulher assim como eu, bonita e fina...

--Bonita e fina? --tornou a segunda, segurando os seios por baixo e levantando-os. --Homens como ele não correm atrás de desastres ambulantes assim, como você. Aliás, esse safado deve vir para as lojas de roupa é para bisbilhotar os provadores, isso sim. Deveríamos ir até a delegacia e dar queixa de assédio. O que você acha?

Quando ela falou aquilo, não agüentei e caí na gargalhada. Não iria ficar mais ali, aturando aquilo. Então, peguei minhas coisas e fui para o caixa, rindo. As duas ficaram lá, debatendo beleza e poder aquisitivo, enquanto eu reparava as imperfeições que cada uma carregava. Corpo? Não, não me refiro ao corpo, mas à falta de humildade, falta de respeito, tanto próprio quanto pelo próximo, excesso de vaidade, inveja, e outros, que nem vale a pena citar.

Saí de lá e, alguns dias após isso tudo, voltei até a loja, mas agora para um atendimento profissional, e descobri que, ao final de tudo, nenhuma das duas ficou com o traje. No meio da briga, que continuou após eu sair, as duas se descuidaram da roupa e o vendedor, cansado daquilo, vendeu o traje para uma terceira cliente que havia entrado na loja.


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Para aqueles que riram do “barco furado” em que entrei, aconselho ler o texto EXTRAVAGÂNCIA.

É de minha autoria, e está publicado no blog ARENA DAS CRÔNICAS, onde sou colaborador.

Marcio JR

segunda-feira, 28 de março de 2011

UM DIA DAQUELES

Adaptação de um texto, escrito por mim em 2007, em "homenagem" a uma das maiores azaradas que já conheci na vida. Mas, apesar de tudo, ela sobreviveu.
Apresento a vocês, Gica, a mulher que mesmo no maior dos apuros, jamais "desceu do salto". 
(obs.: parte dos ocorridos é real, e parte é fictícia; mas, se eu falar o que é verdadeiro ou não, perde a graça).

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O dia começou cedo para Giovana. Mais cedo até do que ela esperava. Rui, o namorido (aquilo que fica entre a situação de namorado e marido) ligou as 4 da madrugada, justificando seu atraso. A ex-esposa telefonara, e estava depressiva. Ele, como um bom “amigo”, precisou ir até o apartamento dela, mas perdeu a hora, e agora, possivelmente a namorada também.

Gica, como Giovana é conhecida pelos amigos, não expressou reação alguma. Encostou a cabeça ao travesseiro e dormiu. Mas dormiu demais. E lá pelas 9 horas da manhã, abria a porta do carro na maior correria. Um cliente a encontraria logo cedo para a avaliação de um imóvel. Clec. Clec? O salto quebrou. Ela olhou para o pé esquerdo e emendou. “Justo o esquerdo? Isso é sinal de azar”. No entanto, tudo teria sido mais simples e rápido para arrumar se ela, diante dos 120 pares de sapatos que possuía, tivesse achado um que combinasse com a roupa que trajava. Nada. Precisava comprar mais sapatos, pelo menos mais alguns pares que combinassem com as roupas que tinha.

Àquela altura, só restava inventar uma desculpa para o cliente... e também para o chefe. Já no escritório, e com quase tudo contornado, descobriu que precisaria trabalhar até mais tarde, pois iria ajudar numa palestra. Até aí tudo bem, não fosse o palestrante. Era o Isidoro Boca Santa. Ele tinha esse nome porque não deixava escapar uma mulher que fosse, e ela o odiava. Sentou e desanimou. Ela simplesmente detestava aquele homem.

Pouco depois, e ainda irritada com tudo o que ocorrera até ali, foi até a sala de Glorinha, a “melhor amiga”, e desabafou. Contou tim-tim por tim-tim o que estava ocorrendo. Glorinha fazia o tipo que “tudo vê, tudo sabe e tudo opina”, mas o que Gica não sabia, é que a amiga era a maior alcoviteira que existia naquelas paragens. E em menos de 20 minutos, a empresa inteira sabia que “Gica havia sido chutada por Rui, e que Isidoro era o novo amante dela”. Chegaram a dizer, também, que "Rui a trocara por Isidoro". A cabeça da moça deu mil voltas, e ela desabou de vez. “O que mais falta acontecer, meu Deus?”. Antes não tivesse perguntado, pois logo em seguida, apareceu outro problema. O saldo de uma de suas contas correntes estava zerado, e ela logo descobriu o motivo. Rui tinha a senha da conta. Ela ficara apenas com uns poucos reais em outra conta corrente.

A tarde passou lenta, e já de saída para a palestra, Gica se olhou no espelho e se viu desmotivada e a beira de um colapso nervoso. Mas ainda tinha a palestra. Como de praxe, estava atrasada, e mais uma vez, o destino lhe pregou uma peça. Deixara as chaves do carro em qualquer lugar, menos onde deveria ter deixado. Achá-las? Quem dera. Foi de táxi mesmo.

Já no meio do percurso, abriu a bolsa e se deu conta de que não tinha um centavo na carteira. Então, com muito esforço e educação, solicitou ao motorista que parasse num caixa-eletrônico, e foi logo atendida. O motorista, com cara de poucos amigos, desconfiou de algum golpe. Já era noite, e quando ele olhou pelo espelho e notou um homem suspeito se aproximando, tratou de sair logo dali, deixando a passageira por conta própria.

Gica sequer se deu conta, e quando completou a operação e estava voltando para o táxi, viu que ele não estava mais ali. Diante dela, apenas um sujeito mal encarado e olhando fixamente para ela.

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--É um assalto! Me dá tudo o que você tem aí! Rápido.

--Moço! Agora não dá. To sem tempo. --ela respondeu, como se não estivesse entendendo o que acontecia naquele instante. --O senhor viu aquele táxi que estava parado aqui?

--Dona, caso não tenha entendido, isso aqui é um assalto.

--Quero comprar nada não, cara. Que tipo? E ainda vem dizer que é um assalto. Tá de brincadeira, né? --ela comentou, baixando o olhar para a mão direita do sujeito, que carregava uma arma. --Aaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... tarado! Socorro! --Gica começou a berrar e bater no assaltante com as mãos e a bolsa.

O assaltante, desesperado, não sabia o que fazer, e ficou ainda mais atônito ao ver que o dinheiro que ela carregava nas mãos voou por todos os cantos e estava sendo carregado pelo vento.

--Misericórdia, moça. Você é doida ou cheirou loló?

--Tarado. Socorro!

--Não sou tarado. Sou apenas um bandido honesto e trabalhador, e que só entra em furada. Se acalma.

Ela, naquele furor, parou o que estava fazendo e ficou estática, apenas olhando para aquele homem, que já não parecia tão assustador. Então, sem cerimônias, despencou em lágrimas e se abraçou ao homem, que assombrado, apenas a confortou nos ombros.

--Moça, não faz isso! Tá me desmoralizando na frente dos meus chegados. O que eles vão pensar? E como vou conseguir te assaltar agora?

Ela se acalmou um pouco e se afastou. Estava nitidamente descontrolada, mas já conseguia respirar melhor. Ele sentou no meio-fio, desanimado, e a convidou para sentar também. E ali ficaram, trocando olhares temerosos. Repentinamente, ela começou a falar desgovernadamente, contando tudo o que havia acontecido. Ele tentou interrompe-la, mas sempre que o fazia, ela recomeçava. Sem ter o que fazer, o ladrão apoiou o queixo e ficou escutando. No final da narrativa, ele estava tão impressionado, que se mostrava irritado com tudo e solidário a ela.

--E foi isso que aconteceu, senhor ladrão. Pode uma coisa dessas? E ainda por cima, o único dinheirinho que eu tinha, o senhor me fez perder. Agora estou sem marido, sem dinheiro, possivelmente sem emprego e mal falada. O que é que eu faço? Me diz?

O homem levantou e colocou a mão por dentro das calças, o que a fez dar um pulo e ficar em pé, assustada.

--Calma, dona. Não sou nenhum insensível, e também fui culpado por uma de suas desgraças. Só vou lhe dar algum dinheiro.

--Mas tem que guardar justo nesse lugar?

--O local aqui é perigoso, e tem muito assaltante. Não dá para dar mole. Toma, segura minha arma enquanto eu pego o dinheiro. Não precisa ter medo que a pistola é de plástico.

Ela arregalou os olhos e pegou a arma, e logo depois um pequeno saco plástico, que parecia conter um bom volume de notas, das quais, ele daria apenas algumas a ela. O ladrão, sem se esperar, se atrapalhou todo e deixou as calças arriarem, justamente quando uma viatura da polícia passava pelo lugar.

O que os policias viram, naquele instante, foi uma mulher de saia curta, segurando um pacote plástico numa mão e apontando uma arma para um homem sem calças. Pararam o veículo imediatamente e saíram do carro. O assaltante, ao ver aquilo, saiu cambaleando e tentando levantar as calças, mas conseguiu fugir. E a Gica, inocente que era, ficou sem entender nada.

--Parada. Solta a arma e levanta os braços. Além de fazer programa, ainda assalta os clientes?

--Moço, não é isso. Esse bondoso senhor que estava aqui, sem calças, só estava tentando me assaltar. E depois, boa alma que é, me deu um dinheirinho. Tá aqui, ó. Neste pacote.

O policial se aproximou e verificou o pacote, soltando em seguida um grande sorriso.

--Oh! Gusmão. Passa um rádio prá central e avisa que encontramos quem anda passando dinheiro falso aqui na área. Hoje é nosso dia de sorte. Tem mais de 5 mil aqui, tudo em notas falsas.

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--E essa agora? --Gica suplicou, olhando para o alto. --Tá faltando acontecer mais alguma coisa ainda?

Clec.

--De novo, não! Meu salto! --ela gritou, irritada. --Que droga. Tudo bem ser presa, mas entrar numa delegacia com o salto quebrado, é o fim da picada. Dá para passar lá em casa antes, para eu trocar os sapatos? É rapidinho, eu juro!


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É como dizem por aí: Nada é tão ruim que não possa piorar.

Ou, então: “Ferrada” sim, mas sem perder a elegância.

MarcioJR

sexta-feira, 25 de março de 2011

A AMANTE DO FINADO

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A capela mortuária estava lotada. Pessoas de todos os tipos estavam ali, prestando a última homenagem àquele homem. Tudo transcorria na mais pura normalidade, até que, do nada, apareceu uma certa mulher, apressada e arrastando três crianças pelas mãos. Era uma mulher comum, bela, e vestida de forma simples. As crianças, duas meninas e um menino, aparentavam ter entre seis e dez anos, e a menina maior parecia um tanto inquieta, e puxava insistentemente a mão daquela mulher. E acabaram parando bem próximas ao caixão, que já se encontrava fechado e na iminência de sair para seu destino final.

--Quem é a sirigaita, a tal esposa desse defunto safado? --a mulher perguntou em tom alto e chamando a atenção de todos.

Num canto, outra mulher levantou a cabeça e ficou apenas observando, quieta. Seus olhos se encheram de dúvidas, até que suas pernas a levaram até aquela outra, que parecia ter a única intenção de armar a maior confusão.

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--Você deve ser a esposa desse pilantra, não é? --a mulher invasora continuou, sem dar a chance da outra argumentar algo. --Pois saiba que esse safado, depois de te alisar em casa, saia por aí, pegando tudo que era “periguéti”. Vivia nos bordéis. Olha aqui o que ele me deixou. Três filhos. E agora? Você está aí, com tudo o que ele deixou... e eu? Como fico?

--Olha, eu não te conheço. --a viúva argumentou, mostrando descontentamento. --Meu finado marido era um homem bom, voltado para a filantropia e...

--Filantro... o quê? --a invasora ficou ainda mais indignada. --Esse borra-botas era um depravado. Quando estava sem dinheiro, até com travesti se envolvia. E sabe-se lá o que mais ele aprontava.

O murmúrio que havia se formado no local, cessou imediatamente. A viúva, ao ouvir aquilo, estremeceu. As pernas bambearam, e somente não foi ao chão porque um de seus filhos a amparou.

A filha mais velha da mulher invasora tentou chama-la novamente, mas não recebeu atenção. A mulher estava transtornada, e durante quinze minutos falou o que pode, sem ser interrompida por ninguém.

--E todos vocês aqui, prestem atenção. Ele xingava todo mundo, dizendo que nenhum dos parentes ou amigos prestava. Falou várias vezes que se vocês morressem, ele não se importaria. Vocês não passavam de lixo para ele.

Todos ficaram pasmos e começaram a sair do local. A viúva, cabisbaixa, se enroscou ao braço do filho e também se retirou. Em poucos minutos, restavam naquele ambiente apenas o defunto, a invasora e as crianças. E a filha mais velha continuava cutucando a mãe.

--O que foi, menina? Por que você continua me cutucando assim? Não tá vendo que eu to nervosa?

--Mas, mamãe... lá na portaria, falaram que o papai estava na capela 5, mas a placa ali fora diz que essa capela aqui é a número 3.

--Cáspita! --a mulher praguejou, olhando para aquele caixão fechado. --Até depois de morto, aquele peste do Aderbal me arruma confusão. É por isso que eu sempre falo: homem nenhum presta, nem depois de morto.

MarcioJR

quinta-feira, 24 de março de 2011

QUANDO SÓ SE VÊ O QUE SE QUER VER

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Antes da crônica, peço desculpas aos amigos pela minha ausência. Por motivos de saúde, fui obrigado a me afastar temporariamente de minha rotina, principalmente dos computadores. Mas, mesmo contra ordens médicas, é complicado manter distância deste vício que se chama “web”.

Ainda ficarei um tempinho de molho, mas, aos poucos, vou retornar aos meus velhos hábitos.

Quero deixar um agradecimento especial para todas as pessoas que me mandaram e-mails durante esse período de afastamento. Com o tempo, responderei a todos eles.

Abraços.

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QUANDO SÓ SE VÊ O QUE SE QUER VER



O vídeo acima é importante para a perfeita compreensão da linha de raciocínio desta crônica. Portanto, se você ainda não assistiu, dedique 2:25 minutos. Vale a pena.

Não sou um admirador do boxe ou dos esportes de contato violentos, eu admito, mas, como meu filho é praticante de “Chute Boxe”, passei a ter certo interesse. O fato é que, num dia qualquer, ele me enviou o vídeo que ilustra o texto, e algo me despertou uma centelha de curiosidade.

A produção, muito bem feita, é assinada pela HBO, e conta a trajetória de um personagem que tenta, a todo custo, se tornar um lutador de boxe. É uma história de superação até certo ponto normal, afinal, a resiliência é um dom inerente ao ser humano. Caímos e levantamos, caímos novamente e tornamos a levantar. Várias pessoas passam por isso todos os dias.

No vídeo em questão, existe ainda a referência ao racismo e discriminação social, principalmente na cena em que o personagem está no metrô, e todos os que estão próximos se recusam a sentar ao lado dele. Um fato comum não apenas nos Estados Unidos, mas já bastante clichê nas produções televisivas norte-americanas. Nada, no entanto, que desmereça o esmero no resultado final do vídeo.

Durante o desenrolar das cenas, o personagem arrecada dinheiro de todas as formas para atingir seu objetivo principal, o de frequentar uma academia de boxe. Esmolou, aceitou subempregos, vendeu o pouco que tinha, praticou “luta de rua”, exerceu sua fé, ou seja, se deixou levar pela determinação de superação. E conseguiu.

Você deve estar se perguntando: E O QUE ISSO TEM DE TÃO IMPORTANTE, A PONTO DE VIRAR CRÔNICA?

Eu respondo. Adoro o estudo do comportamento humano, e quando recebi o vídeo, mostrei a um amigo, que adora boxe. Esperava que ele elogiasse a qualidade da produção, ou a determinação do personagem principal, mas não foi bem assim. O que esse amigo comentou me deixou com a pulga atrás da orelha. Mandei o vídeo para mais três pessoas, e ouvi deles a mesma coisa.

Diante de tudo o que eles viram nos 2:25 minutos de duração da gravação, o único fato que eles realmente prestaram atenção foi que, aos 22 segundos, numa mercearia, o personagem “rouba” um sabonete. E o restante? Não valeu de nada?

Definitivamente, o ser humano só enxerga aquilo que quer ver. E diante disso tudo, me pergunto se isso acontece apenas naquilo que é visto na TV, em tom fictício, ou se essas pessoas deixam passar, também, as coisas importantes e reais do dia-a-dia, como as falcatruas, malandragens políticas ou outras encenações ridículas que armam apenas para desviar a atenção do povo.

Por vezes, até penso que alguns, ou muitos, preferem fechar os olhos para tudo o que acontece em seu entorno. Vivem assim, sem se preocupar com nada. No entanto, vez ou outra, reclamam de tudo sem ter o mínimo cuidado se sabem do que estão falando ou não... e haja paciência para aguentá-los.

MarcioJR