terça-feira, 29 de outubro de 2013

INCERTEZAS DO UNIVERSO NOSSO DE CADA MANHÃ

série EMPÍRICA MENTE

texto inspirado no conjunto da obra de Samara Bassi.

image by Google


Já parou pra pensar que o seu tudo não te deixa entender que você não é nada!

Talvez, se você quisesse me escutar,
eu te diria das minhas poucas verdades
e das minhas muitas ansiedades.
Então, você relutaria,
e dificilmente casaria suas verdades com as minhas.
Entregaria a um deus qualquer do destino
todos os seus medos e dedos tortos
aqueles mesmos
cansados que estão em apontar caminhos a esmo
ou grotões e abismos por onde você tem se escondido.

Somos tão grandes aqui, não somos?
Mas não passamos de egos submissos de nossas vontades de grandeza,
e cada um desses egos
arrulha trincas barulhentas das correntes que nos prendem.
Quer saber?
Essas correntes nos desaprendem a tal ponto
que não percebemos nosso real tamanho.
Enormes aqui,
átomos de poeira na amplitude verdadeira.

Não, não somos uma besteira da criação,
mas nem em sonho somos o umbigo do planetário de um jardim celeste.
Somos, sim, parte de uma cadeia em expansão,
engrenagens parindo ações e reações,
onde o ritmo rangente e irritantemente cadente dessa roda viva
não nos deixa tempo nem opções para desatenção ou lamentação.

Somos poeira a mercê de um vento solar.
Ventania que se volta, reverte-se a ponto de apagar o próprio sol.
Caminhamos para um apagar das luzes da nossa casa/universo.


Você tem medo do escuro?

Marcio Rutes


não copie sem autorização, mesmo dando os devidos créditos.
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domingo, 20 de outubro de 2013

UMA HISTÓRIA ESCRITA A QUATRO MÃOS

image by UOL MAIS
E são palavras assim que abrem portas e janelas, que aquecem jardins e afins, “quintalizam” campos, florescendo sóis e sais em saudades de sentimentos bons:


AMOROSIDADE
INCOINSCIDÊNCIA
floreScER
(E)TERNO


Quando alguém ama e se sente amado, o que mais brota são palavras ternas e que tendem a eternizar-se no coração.

De onde tirei essas palavras? De uma carta que recebi, da mulher que amo e que me ama. Quer ver? Olha:

...tira o chão e faz achar alguma esperança perdida, ensina a rir dos nossos medos da forma mais graciosa possível, fazendo enxergar os mesmos caminhos com ‘outros olhos’ e com mais amorosidade.”.
Num instante um sorriso, n'outro a presença que se faz tão importante sendo traduzida nas afinidades crescentes, nas incoincidências a se somar nesse sentir verdadeiro, algum tipo de amor (e)terno.”.
“..., nesse sempre querer que dure, nesse sempre querer que seja. Nesse floreScER.”.

São 3 momentos de uma carta que representa a ânsia de toda uma vida. Minha ânsia, minha vontade de ser amado e de ter meu amor aceito pela pessoa que amo.
O restante da carta? Ah! Lamento. O restante é apenas para meus olhos e meu peito, mas garanto que toda uma poesia, feita de flores e odores, sabores de beijos e momentos nossos, está lá. Lá? Sim, tanto lá quanto em mim.

Minha resposta para tão bela carta dei a poucos instantes, e dizia assim:

Seu beijo me transforma numa arte abstratamente concreta. É a tinta que faltava em meus tons, meio amarelados, quase azulados, avermelhados pelo tom do seu batom.

Te amar é tão bom, que esqueço quase de viver minha vida só pra te viver em mim.


imagem de acervo particular

E assim, encerro aqui mais este capítulo de minha vida, pronto para iniciar o próximo. Aprendi a escrever minha história, e o melhor é que ela está sendo escrita, agora, a 4 mãos.

E como a história é viva, e as outras duas mãos que me ajudam a escrever são "serelepes", mais um pequeno trecho foi escrito, e justo pelas mãos dela:

"há certos fins que não queremos encontrar, não.

O que quero, é seguir sempre nesse leito de verso em água corrente que banha nossos quintais de dentro, nosso florescer e revitaliza todas as nossas forças... juntos!

Quero poder cristalizar a chuva na ponta do seu cílio ainda quando estiver os olhos, mornos de tanto chorar.

"Quintalizar" as nossas manhãs e regar amanhãs pra gente caminhar longe, SeMpre. SeM pressa, mas com esperança germinando um transbordar sem tanto pranto e quando houver, sempre disse e aqui, agora, repito: Chuva também floresce.

Papéis são só meios de um sentimento permanecer visível a olhos nus por um tempo maior. O que ninguém sabe, ou poucos sabem, é que o tempo dos sentimentos não acompanha o tempo do resto do mundo.

Ele cresce, amadurece na sua hora certa, na sua maternidade convicta de existir. E não é preciso muito pra fazê-lo acontecer. O sentimento nasce, acontece e não nas coincidências nem nos por acasos. Mas nas incoincidências do caminho que trombamos por querer, nas nossas escolhas em comum.


Não somos um, mas um ímpar de dois. Cada um na sua individualidade, personalidade, no complemento do outro. No outro, somos ainda dois, com a forma de um mundo inteiro juntos: Um."

by: SAMARA BASSI 

(todos os direitos reservados)



Marcio Rutes