sexta-feira, 18 de agosto de 2023

ANGÉLICA E ANGELINA - QUANDO OS ANJOS DIZEM AMÉM

 

Angélica - image by Google
Angélica teve uma infância pobre e restrita. Poucos brinquedos, roupas rasgadas, trabalho árduo e pesado para seus braços frágeis, mas com muito amor dado por seus pais. E assim ela cresceu, sempre esperançosa. Transformou-se em moça formosa, e mesmo com aquela infância sofrida, o mais belo sorriso sempre transbordou em seus lábios.

Nos cabelos de Angélica, uma flor fazia constante presença, branca e perfumada, e o amor não demorou para desabrochar em seu coração. Um jovem, também muito humilde, desposou-a, e juntos, construíram um lar e uma família.

O marido, rapaz honesto e muito trabalhador, preparou um roçado enorme na propriedade em que residiam, enquanto Angélica se ocupou da casa e do jardim, que de tão bem cuidado, era admirado por todos os moradores da pequena cidade.  O sonho do jovem rapaz era ver a esposa grávida, mas Angélica, por uma fatalidade do destino, não poderia gerar o filho tão desejado pelo marido.

Angélica entristeceu, e mesmo com todo o amor que ela tinha no coração, o jardim sentiu sua agonia. As plantas começaram a secar, uma a uma, e as poucas flores que ainda despontavam no alvorecer já não lhe davam mais alegria. Até que em uma manhã cinzenta, recoberta de garoa, ela foi até o meio do jardim e sentou entre algumas flores brancas e de perfume marcante. Seu coração estava apertado, e ali ela jurou que teria aquele filho que o marido tanto queria, nem que tal ato fosse a última coisa que ela fizesse. Neste momento, uma dor muito forte tomou sua cabeça, fazendo-a desmaiar instantaneamente. Quando acordou, já estava em sua cama, com o marido ao lado, olhando-a.

Os dias passaram e ela logo reparou algo estranho em seu corpo. Enjôos e uma vontade absurda de correr pelos campos a tomava a todo instante. Inexplicavelmente, ela estava feliz novamente, e não demorou para saber o motivo: estava esperando um filho, mais exatamente uma menina. Assim, Angélica retomou seu sorriso e a lida no jardim, e quando a filha nasceu, deram a ela o nome de Angelina.

No entanto, a felicidade do marido se transformou em tristeza rapidamente. Angélica, pouco tempo depois de trazer ao mundo a filha, adoeceu e morreu, deixando uma nuvem negra naquela casa. Angelina cresceu vendo o pai amargurado e piorando a cada dia. No jardim, nada mais se via além de ervas daninhas, e o roçado, provento da família, secou em pouco tempo.

Angelina, mesmo tendo todos os motivos para se amargurar, mostrava felicidade, e em todos os fins de tarde, corria para o antigo jardim que a mãe mantivera com tanto carinho. De lá, ela sempre voltava com um sorriso no rosto, e quando o pai perguntava a razão daquilo, ela dizia que estivera com a mãe. Ela era, ainda, muito criança, e o pai tentava se convencer de que aquilo era unicamente uma forma dela se defender da tristeza que a rodeava.

Em uma tarde ensolarada, o pai viu a filha correr para o antigo jardim, e não demorou muito para ouvir a risada da menina, como se brincasse e se divertisse com alguém. Ele, curioso, foi até o jardim para observar a filha, e quando chegou perto de onde ela estava, viu-a sentada ao chão, ao lado de um pequeno pé de flor branca e perfumada. Era o único arbusto florido que ainda restava naquilo que fora um jardim cheio de vida. O pai assustou-se ao ver que a menina parecia conversar com alguém, pois não havia mais ninguém além deles naquele lugar.

Preocupado com a filha, o pai foi até ela e sentou-se a seu lado, chamando-a e perguntando com quem ela falava. A menina, calmamente, apontou para a flor e disse que a mãe estava ali, sorrindo para ela.

―Minha filha, aqui não há ninguém além de nós dois! É apenas a sua vontade de ter sua mãe! Eu também morro de saudades dela!

―Papai. A mamãe pediu para você fechar os olhos.

―Filhinha! Ela não está aqui! Tente entender...

A menina olhou ternamente para o pai, deixando-o comovido. Ele, sem ter muito a fazer, fechou os olhos e sentiu uma sensação estranha. Um leve perfume invadiu seu corpo, e a imagem da esposa logo se fez diante dele. Ao abrir os olhos, ele se viu em um campo completamente florido e perfumado. Ao lado dele, a filha estava em pé, sorrindo, e atrás dela, também em pé, Angélica a amparava pelos ombros e esboçava o mais belo sorriso, exatamente como ela fazia em seus tempos de juventude. Junto a eles, vários insetos esquisitos, parecendo duendes com asas, se espalhavam por todos os lugares e cuidavam do jardim.

Tulipa - image by Google
O pai ficou sem entender e se pôs em pé, chegando bem próximo daquela que parecia ser Angélica. Quando estava para beijá-la, tudo sumiu repentinamente e somente a filha permaneceu diante dele. Ele balançou a cabeça e pensou ser tudo um sonho, mas assustou-se novamente ao ver que várias flores brancas apareciam junto aos seus pés. Em poucos instantes, todo aquele antigo jardim se transformou no mais belo e branco campo de flores. Um sorriso estalou em seus lábios, e por mais que chorasse, sabia agora que Angélica sempre esteve ali, e que jamais abandou a ele ou à filha.

Alguns meses depois, naquela propriedade que secara com a partida de Angélica, foi construído um grande campo de plantação de flores. Com o tempo, Angelina e o pai passaram a retirar seu sustento da colheita e venda das mais variadas espécies que brotam pela grande e fértil propriedade em que residem. No entanto,  é no pequeno jardim, onde Angélica cultivava suas tão adoradas flores brancas, que os dois passam a maior parte do tempo. Lá, uma flor branca e extremamente perfumada domina o ambiente. O nome desta flor? ANGÉLICA.


MarcioJR



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Um pedido de desculpas:

Além de alguns problemas de saúde, que me afastaram por algumas semanas dos blogs amigos, outra questão tem me afligido com relação a alguns blogs. Simplesmente, por problemas técnicos do blogger, não consigo comentar e, não raro, sequer consigo acessar esses blogs.
Já tentei mudar de navegador, e até de computador e tipo de conexão, e nada. Segundo o Blogger, o problema está nas configurações do painel de controle do meu próprio blog, mas as explicações deles param por aí, me deixando com um belo abacaxi nas mãos. E são, pelo menos, nove blogs a que não tenho acesso aos comentários.

Lamento, e me desculpo, por essa situação incômoda.

Marcio.

18 comentários:

  1. Que os anjos digam Amém ,Márcio
    Que haja um Universo paralelo onde a magia do seu conto e a sensibiidade com que descreve eleve nossa alma oxigenando-a para sentir o perfume das flores e a pureza da 'angélica' a florescer nos campos. Ainda há sonhos bonitos assim, ainda há sol a iluminar nossos jardins_ perdi uma irmã recentemente, e resisti muito voltar no interior onde ela morava ,mas meu coração ficou em paz depois que estive lá e fotografei o jardim onde ela regava suas plantinhas,todas as manhãs. Esse conto sensibilizou-me e me fez ver que o tempo ensina o que os dias não sabem.
    Grande e bom abraço Márcio, bom fim de semana,
    Seu comentário veio certinho, sem entraves. Obrigada ,pela presença que me faz bem e é sempre um prazer !

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    1. Demorei muito a descobrir minha admiração pelas plantas e o cultivo delas, Lis. Somente depois dos 40 anos de idade. E te digo que sou muito mais do quintal do que do jardim. Mas quando me rendi a elas, senti que me aproximei muito mais de uma espiritualidade que sempre existiu em mim. Quando casei pela segunda vez, vim morar em uma casa com um espaço grande, que virou horta e jardim ao mesmo tempo, e era o espaço preferido da casa. Tudo lindo. Mas a vida da gente, por vezes, vira de cabeça pra baixo, e a energia interna baixa e amarga. Pude comprovar o quanto as plantas sentem isso, e te ajudam a superar. Com as plantas, e também com a palavra escrita, acabo me soltando, me conhecendo, e se tem uma coisa que amo é saber que toquei alguém com algo que escrevi, assim como aconteceu com você ao ler este texto. Grato, sempre, Lis.
      "...o tempo ensina o que os dias não sabem.". Que frase linda, moça. É sua? Se for, publica ela. Combina, e muito, com suas fotografias.
      Lis, lindo fim de semana pra ti e um abração.

      Marcio

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  2. Que lindo, Marcio! Espero que, ao menos, um pedacinho de quem amamos permaneça conosco para sempre.

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    1. Olá, Helena.
      Que bom encontrar você aqui. Diria que é um orgulho receber sua visita. E não é corporativismo curitibano não. É porque realmente admiro teu blog e a arte que você empresta a ele.
      Um amigo, também blogueiro, me disse certa vez que existem artistas, das mais variadas áreas, muito bons aqui em Curitiba, mas que isso não é por dom, mas sim porque o clima nos faz passar mais tempo dentro de casa e, sem ter o que fazer, fazemos arte. Dei risada quando escutei isso, mas até faz sentido... rsrs.
      Com relação ao seu comentário, existe aquela máxima que diz que "da vida, nada se leva". Talvez não, mas sempre fica algo, seja nossas reminiscências, nosso legado, nossa memória. Mas, acredito que aquilo que mais fica é nossa energia vital, espalhada por lugares e objetos que gostávamos (ou detestávamos) em vida. Alguns, mais sensíveis e espiritualizados, certamente podem sentir essa energia.
      Helena, que seu fim de semana seja de paz e felicidade (iria dizer calor, mas é Curitiba... sinônimo de instabilidade climática). Grande abraço, menina.

      Marcio

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  3. Vim aqui para comentar o texto, porém fui tomada pela intensidade dos comentários acima. Fico, por agora, em silêncio.
    Bj

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    1. Olá, Ana.
      Se não estou enganado, no texto anterior comentei com a Taís (que está no comentário logo abaixo) que alguns amigos são tão preciosos ao ponto de eu só lançar outra postagem depois da presença deles por aqui. E você é uma dessas pessoas, menina. Vou aguardar sua presença, pois você se tornou uma de minhas mais preciosas incentivadoras. Infelizmente, dois deles estão afastados, uma por problemas de saúde, e eles fazem uma baita falta.
      Linda tarde de domingo pra tí, Ana.

      Marcio

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  4. Que belo conto, Márcio, fui descendo a leitura e a emoção veio vindo, quanta delicadeza e sensibilidade encontrei nesse teu belo conto. Emociona muito ver tanto amor separado pela vida, mas após, voltou um pouco de felicidade no reencontro no jardim. A menina, sentiu a mãe por intermédio de uma bela flor branca, e ali ficava feliz. Tentou que o pai sentisse também, que acreditasse que Angélica, estava com eles no seu belo jardim e não sentia mais tanta tristeza. E nesse encontro de espiritualidade foram se encontrando, as coisas se modificando. No início, bem triste, mas real. E um final feliz. Ah se tudo fosse assim, né Márcio? Mas na vida há muito drama, muito desamor, muita violência. Muito bom quando lemos um conto leve, com amor e emoção.
    Ontem, na hora da janta, estava contando para o Pedro e parei, disse a ele que só o texto dará o tamanho da emoção, e não tiraria dele essa surpresa com minha narrativa.
    O que devo te dizer, querido amigo? Nada mais faria sentido, pois tudo está nesse excelente conto. Aplausos!
    Um bom restinho de domingo e uma excelente semana.
    Grande abraço.

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    1. Oi, Taís.
      Em algum texto meu, mergulhado nesse amontoado de posts em meu blog, escrevi que "um sonho, para ser realizado, precisa ser sonhado". Quantas vezes desistimos de algo sem mesmo ter tentado, não é? Sou um sonhador inveterado, e quer saber? Tua última crônica mexeu comigo. Depois que a comentei, fiquei pensando se planejo em excesso a minha vida, e vi que não, mas sonho ela demais. Vivo imaginando um mundo totalmente a parte. Sonho até acordado. Pensei ser isso um problema, mas notei que isso é minha válvula de escape para suportar os revezes que insistem em me acompanhar.
      Comentei com a Lis, lá no primeiro comentário, que passei a ver que a espiritualização passou a brotar em mim (na realidade ela já estava lá, eu é que a negligenciava) depois que me envolvi com meu quintal, e foi uma libertação. Se eu acredito em vida após a morte? Quer saber? Parei de me preocupar com isso. Depois que acontecer meu final, eu descubro.
      Minha querida amiga, nem tenho como agradecer esse teu comentário. Foi tanta gentileza e carinho, que to quase explodindo aqui. Grato. Grato sempre.

      Marcio

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  5. Como um velho seguidor de sua arte, por instante fiquei imaginando onde o Marcio nos levaria com estas personagens Angélica-Angelina. E mergulhei na leitura vivendo as emoções dos personagens e revivendo contos ouvidos dos meus velhos num cantinho das Minas. Uma arte o caminho trilhado para um final emocionante, que nos faz passar pela reflexão, da força do pensamento e do amor real. Uma flor nasceu, uma flor gerou e tudo mudou e virou.
    Muito bom Márcio.
    Abraços e feliz semana iluminada.
    Cuide-se bem amigo.

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    1. Um dos melhores momentos da semana, Toninho, é quando você aparece por aqui e deixa seu relato. Se existe algo muito bom para o autor, é descobrir que ele conseguiu colocar o leitor no texto e, com isso, trazer à toda essas reminiscências boas, lembranças de um passado que, mesmo difícil, hoje deixa saudades. Posso te dizer que, mesmo não conhecendo tua Minas Gerais, já passeei por Itabira e tantos outros lugares, esses mesmos que você descreve tão belamente junto com suas lembranças.
      Grato, meu amigo. Grato sempre. Uma linda semana pra tí, Toninho.

      Marcio

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  6. Olá, amigo Márcio, Angelina nasceu de Angélica, estiveram ligadas por pouquíssimo tempo, mas o amor entre ambas perduraria, o que nem sempre acontece no relacionamento entre mãe e filha, no qual se vê muitas vezes quebrar o elo amoroso entre ambas, principalmente pelo vazio amoroso da filha. Angelina e Angélica eram a síntese do amor filial. O pai de Angélica renasce quando a filha descobre que a mãe era uma flor branca do jardim. Então o amor filial se completa, com a mãe-flor no jardim e com o pai embevecido pela descoberta de Angélica.
    Um conto extraordinário, caro Márcio, que cria uma nova realidade, e faz a vida mais desfrutável. Parabéns ao talentoso contista.
    Uma boa semana, com saúde e paz, amigo Márcio.
    Grande abraço.

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    1. Sempre grato pela presença e críticas, Pedro. Você é sempre muito generoso comigo, e um incentivo para continuar escrevendo.
      Acho que nosso mundo anda muito desvairado e violento, onde muitos agridem a muitos, e o que mais vemos são desavenças e provocações. Isso me perturba tanto, que acho que tenho essa necessidade de "espiritualizar", adoçar meus contos. Precisamos, e muito, de mais leveza e sorrisos.
      Muito bom ter você e Tais por aqui, meu amigo. Grande abraço e um ótimo fim de semana pra vocês.

      Marcio

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  7. Não faz muito tempo que eu li um livro infantil ( sim eu compro livros infantis para mim ) o título é " Se você olhar bem". Posso dizer que também é um livro que fala da morte, e fala de uma maneira tão delicada, tão profunda que vai nos conduzindo a ver numa flor aquelas pessoas que tanto amamos. Tudo o que você escreveu, não me chegou como uma bela imaginação ( também o é ), mas tem tanta verdade em Angelina e Angélica, se você olhar bem, ela realmente está lá na flor.
    Um abraço.

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    1. Olá, Ana. Que bom que você voltou. Fiquei extremamente tocado com sua crônica "O solo sagrado dos comentários", e na empolgação, escrevi tanto, mas acabei esquecendo de falar várias outras coisas por lá. Preciso me policiar, senão meus comentários ficam maiores que o texto lido. Parabéns por tão bela e verdadeira crônica.
      E como estamos precisados de leveza e delicadeza, não é? Não tem porquê um assunto sério, assim como a morte, ser tratado de uma forma drástica ou trágica. Precisamos ensinar nossos filhos sobre esses assuntos também, mas pode ser de uma forma delicada sim. Aliás, já nesses próximos dias, a Dorinha vai se defrontar com esse tema, mas te garanto que, mesmo sendo assustador no começo, logo na sequência eu mudo e amanso o tom (spooooileeeer... rsrs).
      Grande abraço pra ti e família, Ana, e um lindo fim de semana pra todos.

      Marcio

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  8. Nobre amigo Márcio, bom dia !
    Esse lindo conto, bem emocionante aliás, me fez reviver de uma forma não triste, mas alegre e feliz, a perda de dois homens importantes da história da minha vida. Em exatos um ano e dois meses. Enfim, conversamos depois sobre. O momento agora é o lindo cenário criado, as emoções envolvidas, a resiliência do pai com um pano de fundo, se assim que posso dizer "espirita". As flores brancas, o jardim, Angelina e seu dom ... Enfim, meus dignos e calorosos parabéns. Acredito que exista pessoas com essa sensibilidade de se conectar com o mundo espiritual, e as crianças não ficam atrás. Lisonjeado por você proporcionar a mim, e a todos que tem a oportunidade de ler seus pensamentos, e todo o cenário repleto de emoções, que nos conduzem a uma extrema satisfação de leitura leve.

    Abraços fraternos
    Dan..

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    1. Dan, que alegria vê-lo aqui. O poeta das crônicas belas, ou o cronista em verso. Difícil encontrar um poeta que, desdobrando seus versos, temos crônicas inteiras ali, cheias de lirismo e magia.
      Quanto ao seu comentário, sim, acredito que existam muitos que tem a sensibilidade para se conectar ao mundo espiritual. Principalmente as crianças. Como citei nos comentários acima, o mundo anda muito agressivo, e enquanto eu puder, criarei ambientes assim, de mais leveza e ternura. Meu quintal é meu refugio, e sempre que posso, estou por lá, com minhas plantas, pássaros, sapos e lagartixas... rsrs.
      Um grande abraço, Dan, e um ótimo fim de semana pra ti.

      Marcio.

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  9. Muito bonita a história de pura poesia.

    Cuide da sua saúde, é o tanto que importa! Rápidas melhoras!

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    1. Olá, Fá. Muito grato pela presença, minha amiga. Mas, confesso que estou chateado. Não consigo comentar em alguns blogs, e o seu é um deles. O pior é que o Blogger sequer consegue definir a razão. Te peço perdão, pois gosto muito do que você escreve.
      Grande abraço, Fá, e um lindo fim de semana pra ti.

      Marcio

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