quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ISCA DE BEIJA-FLOR

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Quando beija-flor não beija, belisca,
toda cor vira isca
presa na casca da goiabeira.
É fruto de beira,
de ladeira, da menina olhando do lado de lá,
lá daquela cadeira,
com aquela risada dada de bobeira.
Um tribal ornando o olhar
o folhear e o rodopiar,
o requebrar do sorriso,
o vento batendo no umbigo,
arrepiando qualquer sentimento sentido,
consentido com um piscar das mãos
no cruzar dos dedos, que das pernas imitou.

E lá vai beija-flor,
que não beija, belisca.
Atiça esse dançar malicioso
na cintura dela,
da pele alva,
nos pés de cinderela.
E lá vai a menina,
dependurada na janela,
irrequieta, sapeca,
bicando igual passarinho,
bebericando a manhã de mansinho,
mas louca pra voltar pro ninho.

Marcio JR


4 comentários:

  1. "Quando beija-flor não beija, belisca,
    toda cor vira isca
    presa na casca da goiabeira."

    Que delícia de ler, Márcio.Parabéns, querido.Tudo que faz, faz bem feito.

    Beijinhos e bom domingo.

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  2. Venho deixar um abraço imenso e retribuir o carinho, seja por tantos anos, ou por alguns dias. Mas principalmente, pela troca e bonitezas que surgem e dos amigos que conquistamos e que no fundo, no fundo, não são tão virtuais assim...

    Tem um presente pra você aqui: http://ancoradanoriso.blogspot.com.br/2013/03/vasto-coracao.html

    Espero que se sinta num abraço e que goste.
    Deixo o meu carinho.
    Beijo na alma,
    Sam.

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  3. Que bom ter este lugar pra "bebericar" tuas delicadas preciosidades, Marcio!
    Uma delícia te ler, refrescante!!

    Bjo

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  4. O legal de te ler maninho , é que tudo toca a alma.

    Beijinho

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