sexta-feira, 8 de março de 2013

ENTRE ODORES

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Foi um mero instante,
devaneio de um querer, 
de um saber morno e irrequieto, 
no colo de mulher. 

Dos olhos aos pés, 
na pele alva e macia, reluzente, 
quente, tanto que fustiga a razão. 

E na emoção, pra que razão? 
O desejo está vencido, 
vendido aos joelhos dobrados, 
que diante de suas pernas instigantes, 
só o que faz é extravasar. 

Mãos correm em sentidos opostos, 
contrapostos a todo o normal. 
Mãos que se aliam, 
mesmo diante de todas as incertezas. 
Mãos que se completam, 
que brigam e reconciliam. 
Mãos que andam juntas. 

Corpos que se fundem, 
que gozam profundamente 
as razões para viver. 

Um sem o outro? 
--seria pimenta sem ardido, 
--ou amor sem gemido, 
--ou ainda um corpo sem vida. 

Mas que se diga, 
e que se aceite de uma vez, 
é bela, é única, paralela que anda sempre adiante, 
radiante, estonteante, insinuante, carente, latente... 
...sempre presente. 

Ela, sempre mulher.


Marcio JR
(Marcio Rutes)


2 comentários:

  1. Seus poemas emocionam...vc escreve com a alma, gosto disso! abraços, ania...

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  2. Lindo...

    Que bom te (re)encontrar aqui!
    Bjo

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