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―Cadê a mala, amor?
―Ali no canto. Mas, pra que essa pressa?
―Taylane, minha
amadinha. É nossa filha que vem nascendo! Qualquer erro nosso, qualquer
descuido, e pode ser fatal pra ela! ―o marido se agitava, enquanto corria de um
lado para o outro, completamente desesperado. ―E fica sentada aí na cama, senão
vai molhar tudo. E a bolsa?
―No guarda-roupas,
amore!
―Não essa! A bolsa da
tua barriga. Gravidez. Lembra?
―Ah! Essa? É! Ela tá
aqui ainda.
―Bom! Já liguei pro
seu pai, e ele já deve ter saído de casa. Tá vindo pra cá. Já liguei para a sua médica, e
também para o hospital. Tudo certo. Vamos embora?
E lá foram os dois,
porta afora. Quando entraram no elevador, o marido tirou uma lista do bolso e
começou uma checagem de cada item.
―Pelo visto, não
esquecemos nada. A Taylândia vem ao mundo cercada de todos os cuidados.
―Washington Wesley Wanderson da Silva! Dá pro senhor se acalmar?
―Mas, meu amor! É o
dia mais importante de nossas vidas.
―Eu sei. Mas você
precisava me depilar também? ―ela questionou, fazendo cara de tristeza.
―Não reclame. Sei lá
quem iria fazer isso lá no hospital. E nem pensar em saber que qualquer homem
olhou as coisas da minha mulherzinha.
―Deus do céu! Você é
um poço de ignorância, Washington Wesley Wanderson da Silva!
O pai de Taylane,
quando viu os dois aparecerem na porta do elevador, já correu para
encontrá-los. Todo afoito, mal cumprimentou e já saiu carregando a filha para o
carro.
―Pai, por que essa
pressa?
―O WWW (o marido) está
com a razão, minha filha. É a Taylândia que precisa desse cuidado todo. Você é
minha única filha, e ela é minha primeira neta. Então, sossega aí que vou
colocar a sirene no carro pra abrir caminho.
―Por favor, papai!
Sirene não, eu imploro! Vou morrer de vergonha. Tudo bem que o senhor é delegado, mas pra
quê isso?
A pobre coitada mal
foi escutada. E assim, os três chegaram ao hospital. O marido e o sogro
literalmente pularam do carro e correram para a rampa, mas pararam assim que
notaram a falta de Taylane. Quando olharam para trás, repararam a moça já saindo
do veículo, toda torta e segurando as costas. Voltaram e cada um pegou num braço,
carregando-a sem deixá-la encostar os pés no chão.
Dentro do hospital,
tudo encaminhado. Era só esperar pela médica, que não demorou para chegar.
―Demorou, doutora! ―o
marido, batendo o pé, reclamou.
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―São 4 horas da
madrugada. Até os médicos dormem, vez ou outra. E um nascimento não é assim,
como quem tira uma rolha de uma garrafa, sr. Washington. Bom, vamos lá! Cadê
minha paciente?
O marido olhou para o
relógio e apertou um botão qualquer. A médica, ao vê-lo fazer isso, baixou os
ombros e desanimou, mirando-o diretamente nos olhos.
―Você não fez isso de
novo, não é? Era só mais um treinamento?
―Duas horas e três
minutos. Precisamos melhorar esse tempo! Não acha, meu sogro?
―Concordo, WWW! Acho
que mais uns três treinamentos e baixamos uns 45 minutos.
―Eu não acredito! ―a médica bufou, saindo para o lado. ―Isso é uma gravidez que está no oitavo mês, e não um jogo de futebol. Vocês são loucos?
―Eu não acredito! ―a médica bufou, saindo para o lado. ―Isso é uma gravidez que está no oitavo mês, e não um jogo de futebol. Vocês são loucos?
A médica sentou ao
lado de Taylane e colocou a mão na barriga da moça.
―Coitada dessa
criança! O pai é um doido, e o avô apóia e colabora. O que eu fiz pra merecer
um cliente assim?
―Você, doutora? E eu? Convivo com esses dois malucos o tempo inteiro!
Um mês depois, uma
mensagem fez o telefone de Washington vibrar. Era Taylane, dizendo que estava
com vontade de comer salaminho. O marido, exagerado em seus atos, passou no
açougue e comprou logo dez unidades.
“Vai saber qual é o
que ela tá com vontade de comer!”. ―ele pensou, indo para o carro.
Ajeitou tudo no banco
da frente do veículo e se preparou para sair, mas um dos salames insistia em
não ficar na sacola. Ele, tranquilamente, pegou o salame e enfiou no bolso da
jaqueta. O que importava, naquele instante, era voltar para casa. Já era tarde
e ele estava cansado, e possivelmente a esposa só esperava por aqueles ditos
salames para poder se saciar e repousar.
―Vou correr, senão é
capaz da minha neném nascer parecida com um salame.
Já em casa, ele
colocou a jaqueta nas costas da cadeira e chamou a esposa. Ela não se fez de
rogada. Comeu até se refestelar. Mas o desejo foi além. Ainda fez o marido
preparar pudim, brigadeiro de panela e macarrão com molho. Para encerrar, tomou
quase meio litro de Coca-Cola sem gelo. O marido só olhava, sem entender como
aquilo tudo poderia se ajeitar dentro da franzina esposa.
Durante a noite, na
cama, ela parecia inquieta. Virava-se constantemente, até que dormiu.
Repentinamente, o marido colocou uma das mãos nas pernas da esposa e reparou
algo estranho. Então, tratou de chamá-la.
―Amorzinhoooo. Acho
que você tomou refrigerante demais. A cama tá toda molhada.
Ela acordou e tateou a
cama, constatando que era verdade aquilo que o marido falara. Ficou parada
alguns instantes e, quando o marido acendeu as luzes, os dois se olharam,
assustados.
“A bolsa estourou”! ―os dois gritaram, juntos.
―WWW, calma. ―a
esposa, que jamais chamara o marido pelo apelido, gritou, tentando impor alguma
ordem.
Ele sequer prestou
atenção no que ela falava. A primeira coisa que fez foi ligar para o sogro, que
obviamente, dormia profundamente.
―Alô, meu sogro. A
bolsa estourou!
―O quê? Como? Bolsa
estourou? ―o sogro balbuciou, até que acordou num estalo, assustado. ―Que
inferno! Como? Então perdi todo meu dinheiro que estava investido lá? Eu sabia
que aquele corretor iria me passar a perna... ―um instante de silêncio. ―Mas de
qual bolsa você está falando? Eu não investi nada na Bolsa de Tóquio! E nesse horário, só a bolsa japonesa deve estar aberta!
―A Taylândia, seu
tonto! ―Washington irritou-se, tentando explicar que era a bolsa da barriga da
esposa.
―Piorou! Se eu não
investiria no Japão, vou investir na Tailândia? Tá burro, é?
―Burro tá você, seu
tonto! Não é o país. É a Taylândia, a sua neta. A bolsa que rompeu é a da
Taylane. Acordaaaaaaa. E vem logo pra cá, que eu to preparando tudo!
Ao desligar, o marido
correu para a gaveta de sua escrivaninha, para procurar a lista de providências
a serem tomadas naquele instante. Mas não achou nada. Desesperado, começou a
contar nos dedos, até que parou e olhou para a esposa, que tranquila, só
esperava por ele para poderem descer até a entrada do prédio.
―Como...?
―Bom, enquanto você se
desespera, eu penso. E faço as coisas com calma. Vamos?
―Mas, e a...?
―Já peguei.
―E a...?
―Também!
―E... e... e...?
―Dá pra calar a boca e
se vestir logo, que to começando a ter contrações? ―Taylane não se aguentou e
soltou um berro, fazendo com que o marido corresse para a cozinha e vestisse,
unicamente, a jaqueta.
Ela, com contrações,
mal reparou que o marido esquecera as calças. Naquele instante, ela notou que
precisava pensar nela mesma, ou então, as coisas poderiam piorar um pouco.
Chegara a hora de ver se aqueles treinamentos valeram para algo.
E tudo já se mostrou
estranho no elevador. A demora foi tanta que o marido já pensava em descer
pelas escadas mesmo. Até que, repentinamente, a porta do elevador abriu e eles
puderam entrar. La dentro, um zelador já idoso descia com alguns apetrechos
para limpeza. Ao ver aquele casal, arregalou os olhos, principalmente ao
reparar que o marido estava apenas de cuecas. Mas calou-se. Vai que era alguma
nova moda?
Lá embaixo, na entrada
do prédio, o sogro já esperava, ansioso. E ao vê-los, tomou um susto.
―WWW. Pode me explicar
esses trajes?
Washington sequer
prestou atenção nas palavras que o sogro dissera. Passou por ele e foi até o
porta-malas do veículo, jogando para dentro toda a bagagem que carregava. Deu
novamente a volta e entrou, mandando o sogro acelerar.
Duas quadras mais
adiante, o sogro parou o carro e ficou olhando para o genro, que estranhou o
fato.
―Parou por que?
Estamos com pressa, não estamos?
―Seu animal. Você me
fez esquecer minha filha lá atrás.
Enquanto os dois
discutiam, outro veículo dobrou a esquina e, sem esperar que o veículo daqueles
dois estivesse parado bem no meio da avenida, chocou-se com o carro do sogro de
Washington. O delegado desceu rapidamente e começou a xingar o outro
motorista. Ou melhor, a “outra” motorista.
―Tinha que ser mulher!
E, claro, só poderia dar nisso! Eu sou delegado, sabia?
―E eu sou juíza,
sabia? E sabia, também, que o seu veículo estava parado de forma irregular, no
meio de uma via pública?
―Calem a
bocaaaaaaaaaaa!
Todos silenciaram e
olharam para trás. Era Taylane, que arfante, acabara de chegar até onde eles estavam.
―As contrações estão
aumentando. Vai nascer logo!
O desespero foi geral.
Até a juíza, que sequer sabia o que estava acontecendo, entrou na dança. Precisavam
ir rapidamente para o hospital, mas o veículo do pai de Taylane, naquele
estado, sequer sairia do lugar. O carro da juíza também ficara muito avariado,
e naquele horário não havia viva alma na rua. O marido tentou usar o telefone
celular, mas estava sem bateria. O sogro, na pressa, esquecera o telefone em
casa, e a juíza, ao procurar pelo telefone dela, descobriu que quebrara no
acidente.
―E agora? O que
fazemos? ―o marido suplicou, olhando para a juíza.
―Ei... eu poderia
prendê-lo por atentado ao pudor, moço.
O pai de Taylane andou
um pouco e reparou algo que poderia ajudar. Pediu aos outros que esperassem e,
um pouco depois, voltava até eles com uma carona.
―Pai, isso é um
caminhão da coleta de lixo!
―É um veículo, não é?
Entra logo. Vai!
O marido ajeitou a
moça na cabine do caminhão, e como não havia lugar para todos por lá, o pai e a
juíza, que resolveu acompanhar para não perder o delegado de vista, precisaram
ir na parte de trás do caminhão, literalmente pendurados.
Como o motorista havia
recebido ordens tanto de uma juíza quanto de um delegado para “andar depressa”, abusou o quanto pode. Parecia se divertir com a situação. Mas não parava de
olhar para as pernas de Washington. Não entendia por que alguém andava apenas
de cuecas naquela hora da madrugada.
Na parte de trás do
caminhão, cada um se agarrava como conseguia. E a pior parte ficou para o delegado.
Numa das curvas, um saco de lixo se desprendeu e caiu sobre ele. No interior,
algum tipo de líquido com cheiro putrefato derramou todo nas calças do pobre
coitado. As blasfêmias eram ouvidas a metros de distância, mas logo foram substituídas
por sonoras gargalhadas, pois ele reparou que não havia sido o único atingido
por aquele líquido. A juíza também estava toda molhada, e completamente
irritada. Com as calças encharcadas por aquele líquido mal cheiroso, ela não sabia se xingava ou chorava.
Quando o caminhão
parou diante do hospital, o delegado pulou e tratou de tirar as calças, para se ver livre do mal cheiro. A
juíza, estranhando aquilo, baixou o olhar e reparou que a situação dela também
estava complicada, e piorava ainda mais com aquele cheiro insuportável. Sem escolha, e tomada pelo
instinto de não perder o delegado de seu ângulo de visão, não pensou duas
vezes. Também arrancou as calças e foi atrás daquele homem.
Na recepção do
hospital, um alarde estava montado. Na pressa, ninguém lembrou de ligar para a
médica. E quando conseguiram localizá-la, descobriram que ela não chegaria a
tempo para fazer o parto. Um enfermeiro, vendo que ninguém se entendia e já
conhecendo tanto Washington quanto o pai de Taylane, tratou de puxar a moça
para o lado, e levou-a para outra sala, para tranquilizá-la e iniciar os
procedimentos necessários. Enquanto isso, na recepção, a bagunça só criava mais
tamanho, até que a atendente não aguentou e ameaçou chamar a polícia.
―Pode chamar. Eu sou
delegado.
―E eu, juíza!
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―Então, vocês vão calar
a boca, porque isto aqui é um hospital. Vocês estão pensando o quê, afinal? E
posso saber por que os três estão quase pelados? Vocês estavam onde? Numa
suruba?
―Olha o respeito,
menina! ―o delegado levantou o dedo, irritado.
―Baixe o dedo, senhor!
―a enfermeira retrucou. ―É desse jeito que um delegado resolve as coisas? E
mais um detalhe! Que cheiro dos infernos é esse? Ecaaaaaaa.
Os três se olharam, e
só então Washington reparou que estava sem calças. O pobre coitado parecia desnorteado.
Toda a sua atenção e zelo viraram naquilo. Sentia-se um fracassado. Mas balançou
a cabeça, sabendo que não poderia ficar ali parado. O sogro e a juíza,
engalfinhados numa briga de impropérios e palavrões, não ajudariam em nada, e a
esposa sumira.
Washington aproveitou
que a atendente estava distraída com a briga dos outros dois e saiu de fininho.
Foi se enfiando pelos corredores, até que por uma janela de vidro ele notou a
esposa deitada numa maca. Bateu no vidro e, quando estava por abrir a porta, um
enfermeiro segurou-o pelo ombro.
―Posso saber o que o
senhor está fazendo aqui?
―Sou o marido daquela
moça ali!
―Vai assistir ao parto?
Então, venha comigo! Mas antes, o senhor pode me explicar onde estão suas
calças?
Washington não teve
muita escolha e seguiu o enfermeiro. Aquilo não estava nos planos dele.
Assistir ao parto da esposa? Ele não suportava ver sangue. Entrava em desespero
a cada vez que isso acontecia.
Quando chegaram na
outra sala, onde o enfermeiro iria preparar Washington para assistir ao parto,
o rapaz se desesperou. Precisava fazer algo. Então, quando o enfermeiro se
distraiu, ele pegou um gorro e um avental médico e saiu silenciosamente. Vestiu-se no corredor mesmo, e se esgueirou, olhando para todos os lados como se
estivesse numa cena de guerra. Inesperadamente, escutou algumas vozes e entrou
na primeira sala que viu. Era uma sala com uma porta enorme, dividida em duas partes, mas ao que
parecia, era apenas uma ante-sala. E para o azar do rapaz, aquelas vozes estavam
cada vez mais próximas. O que restou para ele foi seguir em frente, até abrir outra porta igual a primeira. Assustou-se, pois acabou dando de cara com várias pessoas rodeando uma mulher, que estava
deitada em uma mesa.
―Taylane? ―Washington murmurou,
reconhecendo a esposa.
―Quem é o senhor? ―a
pergunta veio de um homem enorme, que estava parado do outro lado da mesa onde
a esposa se encontrava deitada.
Washington foi
ladeando a mesa lentamente, até parar ao lado daquele homem.
―Eu sou o marido. E o
senhor, quem é?
―Eu sou o médico que
irá fazer o parto, pois a doutora Luiza não chegará a tempo.
Nesse momento,
Washington olhou para a mesa onde a esposa estava deitada. O que ele viu,
acabou fazendo com que um nó descesse por sua garganta. Taylane estava com os
joelhos dobrados e abertos, e completamente desprovida de qualquer vestimenta.
Sem saber o que fazer,
o rapaz enrubesceu e olhou para o médico. Gaguejou algumas palavras, e começou
a arrancar o avental que utilizava, até ficar apenas de jaqueta e cuecas.
Estava irritado e com ciúmes, e só pensava em afastar o médico dali. Suas mãos,
afoitas, acabaram parando dentro dos bolsos, e ele notou que havia algo num
daqueles bolsos. Algo redondo e comprido, o salame. Então, pegou-o e começou a
ameaçar o médico.
―Nem pense, seu
doutorzinho. Nem pense que você vai ficar ai, olhando as coisas da minha
mulher. ―o rapaz bufava e balançava aquele salame bem perto do nariz do médico.
Uma das enfermeiras,
vendo a cena, tentou interceder, e o médico aproveitou a situação para “desarmar”
o rapaz. Mas como ele não parava quieto, o médico largou o salame no primeiro
lugar que viu, e que foi justamente na mesa onde Taylane estava, bem entre as pernas da moça.
Outro enfermeiro
entrou com uma câmera nas mãos. Taylane havia encomendado o registro em
vídeo do nascimento da filha, e ele começou a filmar. Ao lado, ninguém se entendia. Duas
enfermeiras tentavam conter Washington, enquanto o médico, desesperado, fazia
de tudo para voltar para seu posto. Taylane, entre soluços e gemidos, tentava
chamar a atenção de alguém, até que, num resto de forças, soltou um berro.
―Socorroooooooooooooo.
Todos pararam imediatamente.
O médico arregalou os olhos, mas não descuidou do rapaz, que estava, àquela
altura, bem preso nas mãos das enfermeiras. Mas Washington foi o primeiro a
perguntar algo.
―Nasceu?
Novo silêncio. Até que
o enfermeiro, que filmava tudo, se voltou para as pernas de Taylane e caiu na
gargalhada. Em seguida, desligou a câmera e olhou irônicamente para o rapaz, dizendo:
―Olha! Tem algo aqui, mas se for uma criança, acho que sua mulher deve ter ficado com
muita vontade de comer alguma coisa, porque tá com uma cara danada de parecida
com um salame.
Aquelas palavras, por
mais que fossem apenas por brincadeira, surtiram um efeito não esperado em
Washington. Ele, ainda mais irritado, livrou-se das enfermeiras, mas foi
contido pelo médico. Taylane, vendo que não aguentaria mais, relaxou o corpo, e
sem esperar, sentiu que Taylândia começava a dar as caras ao mundo. E como
ninguém se entendia novamente, o enfermeiro que filmava largou a câmera e fez o
que sabia. Amparou a criança e ajudou no parto. Minutos depois, um choro
tomava o ambiente.
―Ah! Agora nasceu. E é
uma menina! ―o enfermeiro comemorou, segurando a criança nas mãos. ―Mas ainda
não entendi por que esse salame estava aqui! É alguma simpatia?
Um silêncio aterrador
tomou conta daquela sala, quebrado unicamente pelo barulho do rapaz se
estatelando ao chão.
Algumas horas mais tarde,
com um número enorme de policiais e jornalistas na recepção do hospital, uma
repórter gravava a matéria que iria ao ar naquele dia.
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―...ainda não sabemos
se tudo isso foi algum ritual de um desses grupos de malucos que aparecem a
todos os instantes, ou se foi um ato isolado de um pai desesperado, que ao se
ver sem atendimento neste hospital de luxo, entrou em pânico. O que se sabe
é que uma juíza e um delegado, que possivelmente fazem parte desse grupo de malucos que tentou dominar o hospital, foram flagrados a poucos instantes, trajando
apenas roupas íntimas, numa das salas do hospital. Segundo testemunhas, os dois
estavam lambuzados de sabão líquido da cintura para baixo, e exalavam um cheiro estranho, possivelmente "provindo" de alguma substância estranha, ou de algum ritual maluco que eles faziam. Muito estranho. Será parte do ritual de acasalamento
desse grupo esquisito? Por sua vez, o pai da criança que nasceu foi autuado por invasão de área
restrita do hospital, por desacato e por agressão. Ele ameaçou ao médico e a
outros atendentes com um salame enorme e de origem desconhecida. Ainda será investigada a procedência do salame,
mas ao que tudo indica, ele fazia parte da artimanha desse grupo para incrementar
o ritual que eles iriam realizar aqui nesse hospital. E eu lhes pergunto. Será
falta de fé? Será falta de segurança? De onde viemos? Para onde vamos? Isso é o
cúmulo... corta e edita.
Marcio Rutes
Amoreeeeeeeeeeeeeeee!
ResponderExcluirSó assim pra você curar minha dorzinha hein! Escreve enquanto eu durmo e depois me pede pra ler pra você.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e não falta gargalhada, alegria, bom humor e claro, alguma pitada de indignação com certos nomes hehe.
Que gostoso meu amor fazermos essa farra juntos, e você bem viu e ouviu eu me perdendo de tanto rir.
Bom, no meu caso, salame não terá a mínima chance e aproveito para dar a sugestão de averiguarem a origem do mesmo no paladar hehe.
Esse "WWW" ponto com cueca merece uns croques isso sim!!! rs
E como eu havia comentado contigo, nos hospitais o que ocorre é mais trágico do que cômico, mas com certeza que uma "comediazinha" parecida não faria mal a ninguém! Nem à Taylandia hehe.
Ameiiiiiiiiiiiiiiii, meu traquina.
Beijooo
Sua Sam.
Que maravilha de cabeça para construção inteligente que nos deixa preso,curioso para o final que desvenda o titulo.Sensacional amigo na criação dos personagens.
ResponderExcluirNão tem como ler sem sentir cólicas de risos no ótimo humor empregado a estas personagens e toda bagunça.
Não entendi porque não estava nos meus favoritos,mas já resolvido.
Você me fez lembrar o J.Claudio com toda esta arte.
Parabéns amigo, você faz a diferença.
Meu terno abraço amigo.
Agora tenho um ponto de parada.
kkkk Márcio, simplesmente maravilhoso, alegre, estou rindo até agora.
ResponderExcluirConseguiste me transportar para a história, as cenas vinham imediatamente, um filme passada diante dos meus olhos. Parabéns!
Outro detalhe que agora não me fez rir, mas sorrir : o encontro entre tu e a Samara. Vocês sempre foram os meus preferidos aqui no mundo dos blogs e fico maravilhada quando acontece um encontro "cheio de vocês". Admiro-os e daqui me alegro. Bjs