série EMPÍRICA MENTE
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Questionaram: e tua
fé?
―É, eu tenho, e é
minha...
...antagônica,
platônica,
rifada em meio aos
pássaros do morro.
―É, eu tenho, independente
de algum José,
sadia, vadia,
vertiginosa, contagiosa,
não falecida de nenhum
mal-agouro.
―É, eu tenho, vista da
compadecida,
enterrada na casa
simples lá do meio do mato,
nas curvas de um
cipreste brotado do peito da árvore morta.
―É, eu tenho, feita de
verdades não pungentes
sem indolências nem
imposições pestilentas,
e não essa crença alvissareira
de uma reta já quase torta.
Questionaram: e como
ela é?
―É feita de caos e suor,
dor e sabor,
é puro tom de vão de
cerca, cor de saliência,
existência pura,
energia crua,
finita no ponto em que
eu enxergar o fim de mim mesmo,
a esmo,
no ermo abismo dos
meus sonhos.
Catedral é sem sino,
uma tapera serve para templo
das minhas crenças,
nascidas e herdadas
das adulteras idéias que me preenchem os poros.
Sagrados são os ossos
não lascados
que ainda persistem em
me manter ereto,
certo de que a verdade
ainda virá numa esquina qualquer.
não de salvação,
e sim, de elevação.
de um corpo nu,
de um profano ensejo,
de um desejo da carne,
desse vertiginoso síbilo profano,
latente e indescente de meu cerne,
desse vertiginoso síbilo profano,
latente e indescente de meu cerne,
que mal tem?
Que pecado é?
Assim, na calaça desse
sonho vadio,
teimoso em encostar-se
no meio de minhas rebeldias,
vou acreditando nele,
vou escutando suas
palavras:
“não corra, pois não adianta;
não teime, pois tudo é muito maior;
não desanime, pois se
parar será engolido;
não afirme, pois vai
se decepcionar;
não desatine, pois
ainda nem começou;
não finde, pois o
começo está em você;
não feche os olhos,
pois tudo é muito rápido;
não seja mais, pois
tudo é muito menos;
não creia excessivamente, pois qualquer verdade pode ser mentira;
não creia excessivamente, pois qualquer verdade pode ser mentira;
e jamais duvide, pois qualquer bobagem pode revelar mistérios.”.
sigo reto pelas curvas
que me tomam,
pelo doce-ardido de um
delta de águas raras,
iluminadas na brancura
da tez alva,
aura e porosa em
certos cantos,
lisa e “aprisionante”
em qualquer outro instante.
É meu santuário, meu
oráculo,
sanatório de minhas
divagações,
lascívia de minhas
intenções carnais,
ou
mais.
Marcio Rutes
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— É, eu tenho. Esquecida em vasos quebrados, lavada em água de rio.
ResponderExcluirTraduzida no vento, balangandando fitinhas de amarrar no braço pra realizar sonho que santo algum saberá o porque que lhe foi "protegido"
E tenho ainda, um bocado de aplavras escorregadias na ponta dos teus dedos, na curva da língua, no meio do amto.
Tenho ainda aquela fé abestalhada que não fede nem cheira mas que me rende sorrisos bem fartos, assim mesmo, de bobeira.
— É, eu tenho. E daí se ela é quem não me tem. Nem me detém.
Não me faz refém de catedrais, ou mais... não me prende os pulsos em cruz, nem reluz em velas, suas imagens adoradas ou choradas em muros.
— E quem tiver?
— Que tenha! E a detenha como quiser. Porque ninguém tem nada a ver com o que não lhe causa dor ou amor, muito menos beleza em olhos e coração alheios.
Minha fé até que é, em vezes de turbilhão, uma canção guardando rebanhos por baixo dos cílios de quem encontra Deus somente num sopro sem pretensão.
Às vezes que surge no meio do nada, calçada de asfalto, esperando o ônibus.
E que seja quando tiver que ser, ainda, debruçada na tua boca as minhas vontades santas e profanas, porque nesse meu te querer... ahhhh, eu acredito!
E isso é fé.
É aroma de café
É poça d'água no pé.
É a vontade do corpo, com ou sem coração.
É minha alma caída estafada, é meu corpo na calçada, apreciando pombos famintos.
E se sigo, te trago de volta, crente de ter seu beijo estampado no meu colchão.
Engano seu, desacreditar de mim, achando que isso deixou de ser fé.
Nénão!
A minha é do momento e da vida inteira.
É entrelinha, e verdade nua.
É minha! Que também pode ser a sua.
É você nos meus centros, entre as minhas pernas.
Certa que sou, da minha fé e só... é ainda pó e nó de corda.
E enquanto você não acorda pra sua própria e qual te satisfaz,
deixe a fé dos outros em paz.
Showwwwwww meu amor!!!
Ameiiiiii essa forma de "diálogo"rebelde e ainda crítico diante daquilo que não nos convém, nem nos convence.
ESPETÁCULOOOOOOOO! \\\o///
Porque o mundo é bonito aos olhos de quem vê. A fé,. não poderia ser diferente.
Embora cada qual no seu mundo, sabe bem qual a fé que lhe vale!
Te amooooooooooooo.
Sammm.