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“Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...”.¹
Talvez você nem saiba,
menina, mas quando você tinha lá os teus 16 anos, já existia quem te
descrevesse para o mundo. Alguém cantava teus passos futuros num ritmo que
me fazia dançar mentalmente e imaginar onde andaria aquela que seria a dona da
minha vontade.
O engraçado, menina, é
que existia em você uma vontade tão grande de liberdade, ou de voar, ou ainda
de expansividade, que você se encolhia. É. Ninguém entendia teus anseios. E era
no seio dessas querências que você foi moldando todo teu caminho, sempre assim,
quietinha e com esse jeito acanhado.
Me apaixonei por você
sem ao menos saber que você existia. Eu te amei em sonho, em pensamento, no
cheiro do teu perfume que vinha pelo vento. Te desenhei tão perfeitamente num
papel imaginário mas, veja que coisa estranha... eu não sei desenhar sequer uma
linha reta com uma régua. Mas desenhei. E guardei esse desenho no álbum dos
meus dias.
Sou um maluco apaixonado
por tudo aquilo que me faz bem, e você sabe fazer isso como ninguém. Sempre
fez, desde antes de me conhecer. Não entendeu? Ah! Tão fácil de explicar. Você
só me ensinou coisa boa, como a ser paciente, pois te esperei tanto, e tanto...
ou ainda a jamais perder a esperança. Me ensinou a lutar pelo que eu quero e
acredito, e também que os limites... os limites são apenas provas de uma etapa,
e que se forem vencidos, passamos prá outra. Aprendi, com você, que o amor não
é essa coisinha banal e meramente etérea que alguns praticam. Fui a fundo nessa
arte, e vi que sou um mero aprendiz. E quer saber? O mais gostoso de tudo é
aprender com você como se ama de verdade.
Mas o melhor de tudo é que você tem me ensinado, nos nossos dias de hoje e amanhã, que somos, sim, dois alquimistas
insaciáveis, e que aos poucos libertam seus sonhos e desejos. E estamos fazendo
isso juntos, mesmo que trombando contra algumas montanhas teimosas, que
insistem em bloquear nossas veredas.
Te ver pela primeira
vez não foi como ver o mar. Não, não foi. Foi mais. Foi como olhar pela janela
de um trem, lá no meio do desconhecido, e enxergar a mais alta montanha, no
meio do verde ensolarado, e mirar lá em cima um pássaro ávido por escalar
aquele mirante desafiador.
É. Te ver pela primeira vez me deu vontade de voar, e provar toda essa louca liberdade que, agora, você sabe que te move.
É. Te ver pela primeira vez me deu vontade de voar, e provar toda essa louca liberdade que, agora, você sabe que te move.
Gostoso é saber que
não precisamos de praças imensas, com seus jardins povoados de gente louca e
apressada, mas sim de um quintal lá nos fundos de nossa casinha pequena no pé
do morro. Diamantes? Que nada. Queremos cascalho, seixos e quartzo,
artesanalmente moldados pelas mãos do universo. Nada de champanhe cara e licor
marrasquino. Um vinho feito das nossas uvas já satisfaz. E nas nossas loucuras,
transar na rede é muito melhor do que dormir em lençóis de seda dos hotéis de
luxo.
Prá nós dois, criança combina com
lama, não é? E com fruta no pé, com pipa subindo alto e com alguns palavrões
que nós mesmos vamos ensinar. Nada dessa criação casta e absurdamente alienante
que hoje se verga em nome de uma “vida politicamente correta”. Nossa cria será
solta e sabedora de sua liberdade, mas também do respeito que deverá ter pelo
próximo, seja ele gente, bicho ou um mero capim.
E assim, menina, nossa
semente será deixada, para continuar tudo aquilo que cremos e escrevemos. Que o
universo não apenas nos ouça, mas que nos eternize no sangue perfumado e na tez
clara de Clara.
Pois sabemos “...que a
vida pode ser maravilhosa”.²
E foi quando te vi
matéria–prima das minhas lágrimas de felicidade.
Jamais tenha medo de
sonhar, pois o sonho é o princípio de toda e qualquer realização. Eu te sonhei
durante toda a minha vida, e será assim para o SeMpre.
E se eu precisar
agradecer a alguém por ter me apresentado você, acho que agradeceria ao Ivan
Lins, pois foi justamente por ele que descobri que uma certa menina Vitoriosa
já habitava meu peito, e com raízes que somente vidas passadas poderiam, e podem, explicar.
Essa louca liberdade
está em você, menina. É hora de ir além.
¹ e ²“Trecho
da música VITORIOSA
Autores: Ivan Lins , Victor
Martins
Álbum: O Essencial De Ivan
Lins
1999”.
Marcio Rutes
não copie sem autorização, mesmo dando os devidos créditos.
SEJA EDUCADO (A). SOLICITE AUTORIZAÇÃO.
Ah menino, e você me sabe tanto!
ResponderExcluirSabe dos caminhos que eu viria a trilhar e me esperou nas curvas, nas esquinas, nos bancos de praças. Me esperou chegar, passar, ir embora. Ir embora de mim mesma. Me esperou voltar (por inteira).
Esperançou.
Sabe até hoje tecer risos na minh'alma como ninguém. Gargalhadas no sentimento e soltar besteragens pelo ar, como criança que só quer mesmo é ser feliz, sem julgamentos avessos.
Mas que o avesso é nosso lado certo?! No nosso SeMpre 'fora de lugar'.
Ahhh menino, como eu te amo e não consigo imaginar mais um dia da minha vida sem você!
Sem teu abraço e sabor de beijo, sem teu cheiro de pele e de bem querer. Sem nossas taras e neuras, nossas loucuras de casal.
Não vivo sem tuas casmurrices de manhã quando é acordado antes da hora e das cricrilâncias explosivas e ainda assim, tão adoráveis que só me fazem te querer ainda mais meu.
Construímos um tesouro só nosso, no nosso mundo com valores que nos fazem bem, que nos tecem mais de mil, mais de cem motivos a mais para continuar.
Somos pedras de rio e quartzo. Somos a natureza do nosso quintal, do nosso interior. Somos um pro outro, nos pertencemos de um jeito só nosso e de um jeito só nosso, nos comunicamos do sutil ao explícito.
Somos um ímpar de dois. E sempre foi assim, antes mesmo de desconfiar. Ah, mas disso eu já sabia.
E já sabia que eu teria um azul de céu inteirinho só pra mim, só pra eu olhar e me perder de tanto bem querer. Me apaixono por teu jeito, teu peito, tua casa coração.
Me apaixono por teu feitio de me fazer feliz e ser feliz comigo.
Juntos, faremos mais uma claridade de caminho feliz.
Uma Clara'alma... e quem mais chegar.
♫"na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê'♫
Porque tudo que eu quero é essa nossa ♫louca liberdade♫ de ser feliz!
Quero uma casinha assim, pro nosso refúgio.
Eu te amoooo
(ameiiiiiiiiiiiii tudooo, a música , cada palavra, cada linha que você, meu amor, sabe sempre alinhavar tão bem.).
Da sua,
Sam.
Samara Bassi.