![]() |
image by Google |
**Para alguém muito especial, que se doou além daquele normal a que estamos acostumados, e fez jardins onde existiam pedras.**
Existem momentos em que se busca, unicamente, um encontro interior. São aqueles instantes em que tudo parece confuso, com o passado atropelando o futuro, ou o peito querendo expulsar a razão imposta pela consciência. Tudo fica tão bagunçado, não é?
Existem momentos em que se busca, unicamente, um encontro interior. São aqueles instantes em que tudo parece confuso, com o passado atropelando o futuro, ou o peito querendo expulsar a razão imposta pela consciência. Tudo fica tão bagunçado, não é?
É bem neste momento,
esse de se achar que tudo conspira contra, que as horas utilizam um artifício
nefasto: a lentidão. E o mundo vira de cabeça para baixo.
Mão. Uma parte tão comum do corpo, tão vista e exposta, tão relegada a um segundo plano. A mão pouco se nota, pouco conquista, pouco atrai. O que se olha são as pernas, o rosto, os seios ou a bunda. Estas sim são partes que atraem, enchem os olhos e provocam erupções de sentimentos ou da libido em tantos... mas as mãos, coitadas delas. Ficam esquecidas.
O que muitos esquecem, porém, é que a mão é a primeira
a tocar o corpo num abraço. A mão, é ela que afaga o rosto num chamego, que
recolhe o aperto de outra mão. É a mão, juntamente com o braço, que se estica
para tirar alguém “do buraco”. Numa queda, sempre que alguém tentar ajudá-lo, é
a mão disposta que você verá para puxá-lo. E é a mão, justamente ela, que
tocará seu peito naquele instante em que alguém especial sentar ao seu lado para
compartilhar dos seus sentimentos.
Um encontro interior.
Encontre-se, busque-se, e depois, compartilhe essa vivência que você teve
consigo mesmo. Olhe ao redor e veja se mais alguém precisa "se achar", e
estenda-lhe a mão. Por mais profundo que seja o buraco, a mão é mágica. Ela alcançará
quem estiver lá embaixo. Então, se esse alguém aceitar, ele dará um jeito de
segurar e se apoiar em sua mão.
No entanto, faça isso
sem pretensões. Não tente ajudar agora para lucrar depois, pois somente um ato
desprovido de ganância ou egoísmo é que será, efetivamente, bem visto. E não se
preocupe, pois a recompensa vem justamente dessa ausência de pretensões. Você
não ficará mais pobre por ajudar, ou por ouvir alguém. Você não perderá sua
inteligência ao compartilhar um pouco de sabedoria. Você não perderá “status”
algum por praticar um ato anônimo. Você ganhará, e muito. Ganhará gratidão. E
se isso não te bastar, então lamento. Quem precisa de um encontro interior é
você.
Eu me busco faz muito
tempo. Ainda não me encontrei por completo, mas um par de mãos tem me ajudado
muito. São mãos pequenas, mesmo ela sendo adulta, e extremamente macias e
delicadas. Ela até reclama, me dizendo por vezes que suas mãos demoram para aquecer. Mas mal sabe ela o quanto as “mãozinhas” dela são quentes e aquecem meu coração.
Nomes não são
necessários, pois o ato é quase anônimo. Ela jamais faria qualquer coisa na
intenção de se prevalecer, de se mostrar capaz, ou ainda de querer ser melhor que outros. Ela
só quis ganhar o mesmo que me dá. Carinho, companheirismo, colo, alguns
sorrisos, afago... ganho tanto e nem sei se retribuo à altura.
![]() |
image by Google |
Hoje é sábado, meu dia
preferido na semana. Não é feriado, é um dia comum quase no meio do ano, e o
tempo não está nem quente nem frio. Mas é justamente num dia assim, comum, que
gosto de mudar as regras e comemorar. Já passa de dois anos e meio que te
conheço, menina. Nesse tempo nós sorrimos um tanto, choramos outro tanto,
passeamos, demos as mãos, brincamos, brigamos, nos levantamos um ao outro em
situações até certo ponto críticas, mas nunca deixamos de fazer crescer essa
coisa gostosa que brota de nossa amizade. Existe em mim um orgulho enorme em ter você
ao meu lado, e principalmente de poder te chamar de “meu dengo”, de “minha
pentelha” e de “minha traquina”.
Sou um fã de tuas
letras, de tuas palavras e atos. Te admiro pelo que você é, mas sei que você
será ainda mais, pois sei de tua capacidade e de tua competência. Só não
descobri ainda o tamanho desse teu coração, pois o carinho que vem dele não tem
limites. Essa tua aura tem o poder de me acalmar, de me fazer sentir paz.
E assim, me procurei
em mim mesmo. Quando me achei, dentro do meu próprio coração, encontrei você
por lá, sentadinha e me esperando para dois dedos de prosa. Que bom que você
estava lá.
Marcio JR
(Marcio Rutes)