domingo, 20 de maio de 2012

SENSAÇÕES QUE O TEMPO JAMAIS LEVARÁ (para André Bessa)

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Antigamente, o domingo era um dia especial. Hoje, sou honesto em falar, prefiro ter dois sábados na semana. Sequer sei dar uma razão para tal fato, mas uns 30 anos atrás, adorava quando o domingo chegava.

Era um dia preguiçoso o tal do domingo. Mesmo sendo um dia para descansar, logo cedo tinha missa, e mesmo que eu não fosse, precisava sair cedo da cama da mesma forma, pois alguém precisava cuidar da churrasqueira. No verão, isso não tinha importância, mas no inverno, a coisa era bem diferente. Quem mora de São Paulo para cima, e nunca veio mais ao sul no inverno, não sabe o que é levantar cedo e ver (sentir também) uma crosta de geada congelando gramados e telhados. Sair da cama com uma temperatura beirando os 2 ou 3 graus era terrível. Mais depois chegavam as visitas para o almoço, e assim, a manhã terminava.

Minha tarde de domingo era dividida em duas partes, isso quando eu tinha lá meus 15 anos de idade. A primeira parte ficava destinada à televisão e alguns outros afazeres de uma criança normal da época. Não existiam computadores ou celulares, e video-games ainda capengavam ou eram artigos de luxo da classe alta. Os divertimentos ou brinquedos eram manuais, e a tal da eletrônica (que sequer sabíamos o que era), ficava lá na TV apenas. Ainda tinha o rádio, os amigos na rua, a correria sadia e as poucas paqueras. Mais para o fim da tarde, no entanto, era a hora que eu mais gostava. Nessa parte do dia, meu pai terminava de ler o jornal e eu tinha acesso ao caderno de variedades da Gazeta do Povo, um jornal aqui de Curitiba. Sim, eu, com 15 anos de idade, lia o caderno de variedades de um jornal. Lembro bem que, aos domingos, o caderno era composto de várias crônicas, e aquilo me seduzia. Nem sempre tínhamos condições de comprar um jornal de domingo, e isso me fazia colecionar as crônicas e guardá-las, para ler posteriormente. Pois é, eu colecionava crônicas no lugar de figurinhas. 

Era um exercício de prazer poder ler o Cony ou o Veríssimo. Por vezes, a Lygia Fagundes Telles ou o Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) assinavam alguma crônica, ou ainda o Rubem Braga, João Ubaldo, Otto Lara... eram tantos, que ficaria citando nomes aqui por linhas a fio. Meu Deus, que saudade de abrir aquele jornal sobre a mesa e sujar os dedos com a tinta preta das páginas. E sabe? Uma crônica tinha cheiro. Duvida? Até hoje, ao sentir cheiro de tinta de impressão, ou de jornal novo, recém comprado, algo remexe em mim e me dá uma nostalgia sem igual. É o cheiro da saudade de uma crônica entrando pelos olhos de um menino de 15 anos de idade.

Algum tempo depois, na escola, veio a lista de leitura para o trabalho de férias. Ler “Antologia Escolar de Crônicas”. Confesso que nunca fui adepto às leituras impostas pela escola, e já discuti muito sobre isso (prefiro nem tomar tempo e linhas por aqui), mas fiz festa quando comprei o livro. Lê-lo foi algo que me envolveu ao extremo. Algumas crônicas do livro já me eram velhas amigas, enquanto outras me apresentaram nomes como Euclydes Camargo Madeira, Carlos Drummond de Andrade, Lêdo Ivo, Wilson Bueno, Rachel de Queiroz, e tantos outros. Ao terminar o livro, pensei comigo: QUERO SABER ESCREVER COMO ELES. QUERO TER UM ESTILO. GOSTARIA DE SER CRONISTA.

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Desse tempo para cá, tomando por base meus 15 anos de idade, já passaram longos 29 anos. Lancei minha primeira crônica aos 17 anos de idade, ainda na escola, e aos 18, fui publicado num jornal. Era um jornal de bairro, e até creio que além de mim, poucos (ou mais ninguém) leram o que escrevi. Tudo bem, e mesmo assim, considero esse meu primeiro feito. O tempo passou, virei Ghost Writer, e saí compondo para aqueles que queriam escrever mas não tinham tempo. Muito do que escrevi está por aí, perdido e no nome de outra pessoa. Tudo bem também. Valeu como um exercício.

Hoje, com a internet e as redes sociais, publico meus escritos regularmente. São contos, fábulas, parábolas, algumas poesias (depois de publicar, re-leio e fico até com vergonha de dizer que fui eu que escrevei tal coisa), e minhas crônicas. Tem uns 27 anos que escrevo ininterruptamente, e ainda me considero um mero aprendiz, procurando por um estilo.

Não reclamarei da web, mesmo ela tendo me tirado o cheiro das crônicas e o prazer de ler aos domingos o caderno de variedades. Pelo contrário. A web me abriu um leque de novos cronistas sem precedente. Tem muita gente boa escrevendo, e que sequer teriam como fazer isso antes do advento da web. Tá certo que tem muita gente plagiando na cara dura, mas onde é que não tem pilantragem?

Conheci cronistas fantásticos nesses últimos tempos. A Celêdian Assis é uma delas. Teimosa que dói, pois acha que não é cronista. Li poucas crônicas dela, mas sei muito bem que se ela se propor a escrever mais, logo se tornará uma das melhores. Tem o Luiz Coelho, lá de Portugal, que faz relatos da vida como ninguém. A Ester Marques (Hadassa, para quem era do Recanto das Letras), com seu toque refinado. A Letícia Cunha, que está cursando Medicina em MG e que me mostrou um estilo todo próprio ao escrever. Fernanda Marinho, minha maninha e proprietária do blog Aleatoriamente, que escreve com paixão e amor no lugar da tinta. São tantos que admiro. Ah! Tem uma cronista que vai dizer que não é cronista, com certeza. A Samara Bassi. Sou literalmente apaixonado pelo estilo dela.

Só que havia um problema. Eu continuava sem um estilo definido.

Dia desses, meu amigo José Cláudio (Cacá) retornou de um pequeno período de afastamento, e me motivei novamente a escrever minhas crônicas. Não que eu tenha desistido, nada disso. Só me direcionei um pouco para os contos. Ler o Cacá é o mesmo que ser atiçado a escrever. Ele é um craque na arte. Simplesmente um horizonte para mim.

Alpes Suiços - Image by Google
No entanto, exatamente no dia 19 de maio de 2012, a saudade bateu forte, e consegui sentir o cheiro das crônicas novamente. Ao abrir o Blog do meu amigo/irmão André Bessa, quase caio de costas. Ele, um poeta maior e um cronista por excelência, publicou uma crônica ao estilo daquelas lá dos meus 15 anos de idade. Vi-me com um jornal aberto sobre a mesa e com os dedos sujos pela tinta do jornal. Não tenho um pingo de vergonha em admitir que chorei ao ler a crônica e, principalmente, por ela seguir com uma dedicatória a minha pessoa. Depois de vários anos, senti o cheiro de uma crônica exatamente como sentia antes.

André Bessa é um ser muito além do humano normal que conhecemos. Desprendimento e generosidade lhe sobram, e o talento, desse nem tenho como comparar a algo, pois ele extrapola qualquer comparativo. A crônica? SAI DESSA VIDA, ZÉ ROBERTO! Ri muito, chorei também, mas saboreei como a muito não fazia.

Ainda não consegui adotar um estilo para minhas crônicas, mas falei ao André que, se eu conseguisse, gostaria de escrever em BESSA MAIOR. Um dia eu chego lá.


Marcio JR

16 comentários:

  1. Meu querido Marcio,

    dentre as reminiscências que nos são as mais caras, estão, sem dúvida, aquelas que nos moldaram o espírito, aquelas que deixaram em nós um traço indelével, traço este que nos acompanhará por toda a nossa existência. O cheiro da tinta de impressão, por exemplo. Stefan Zweig, em suas memórias, nos conta que o maior prazer que ele tinha, ainda quando jovem, era de ir às livrarias e, discretamente, abrir um de seus livros que acabara de ser publicado e haurir o odor da tinta de impressão, do papel impresso encadernado. É algo que, talvez, uma pessoa que não tenha essa intimidade com as letras, assim como você, dificilmente compreenderá.

    A letra impressa num papel, sobretudo se acabamos de descobri-la, tem algo de mágico, quiçá, de transcendental. Oh, como compreendo esse respeito, quase um fervor, seu para com uma crônica impressa em um jornal, como compreendo! o cronista Marcio JR já estava ali, no adolescente que se deixava seduzir pelas letras dos traquejados cronistas que você citou. Todos (ou quase) velhos conhecidos meus também. E desde que eu conheci suas crônicas, há mais de dois anos atrás, eu não pude deixar de perceber de cara que se tratava de alguém que tinha essa intimidade com as letras, com a expressão, típica de quem não começara a escrever naqueles dias, porém, há muitos anos antes. É uma característica que transparece a um olho habituado às leituras, de forma imediata. E eu vi isso em suas crônicas, meu caríssimo amigo Marcio.

    O belo texto que você aqui escreveu, tem esse poder maior da grande literatura, que é o de remeter o leitor ao contexto dos eventos narrados nela. Vive-se a história. Sente-se também o cheiro de tinta de impressão, ouve-se os sinos da matriz da época, ressente-se mesmo o frio da geada ao lado de fora dos interiores, imagina-se as vozes das pessoas, os ruídos típicos de um lar…

    Sua literatura irá longe, sim, Marcio. Disso não tenho a menor dúvida. Não apenas pela sua qualidade literária intrínseca, mas também pela magnânimidade do coração do autor. Isso conta sim, e muito. Fico bastante honrado com as suas palavras e a dedicatória, bastante mesmo. E feliz que você tenha gostado da simples crônica que tive a ousadia de lhe dedicar. E obrigado também pela lembrança da bela image do vale alpino, foi um delicado clin d'oeil e que muito apreciei.

    Muita saúde, e muita inspiração, sempre. Bom domingo, meu irmão.

    Um forte abraço,

    André

    P.S.: o Farinelli aproveita para lhe mandar um abraço também...

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  2. Que coisa maravilhosa de se ler! O post e o comentário do seu amigo! E o link da crônica para compartilhar com a gente?!

    Bjão! =)

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  3. Marcio, meu tesouro.

    Pra ser sincera, você me paralisou os olhos e os dedos. Mas o coração se mostra afoito e na boca, as lembranças me assaltam na velocidade da luz e as palavras fervilham para mancharem esta tela em branco e eu, eu nem sei por onde começar.

    Tens uma habilidade tão bonita de nos alcançar, de nos embalar, de nos trazer histórias que, mesmo morando dentro de nós há anos, nem lembrávamos que existiam. E você consegue garimpar esses tesouros nossos guardados.

    Ah, sinto uma saudade imensa da minha infância e adolescência. Das brincadeiras de rua, dos brinquedos construídos, do viver solto como uma pipa ao céu.

    Lembro dos domingos em que meu pai colecionava as enciclopédias vindas nos grandes jornais.

    Lembro ainda, dos nossos queridos e inesquecíveis Gibis. Ah, deles eu tinha uma caixa! Hoje, são praticamente "seres" em extinção.

    Não sei dizer nem explicar ao certo, mas quando se é criança, todos os dias são felizes e com o domingo, não era diferente.

    Hoje, domingos não me fazem feliz!

    Ele me trazem um choro, uma angústia, uma melancolia debruçada em cartas, como se fossem memórias de um baú coberto de poeira de ontens.

    Um ou outro me fazem sorrir, apenas.

    E o meu sorriso nasce mesmo é quando chego e me aconchego por aqui, nessas histórias que me embalam as horas e sempre me aquece o coração. É aqui, como em tantas "casas" amigas que sempre descubro a boniteza do encontro, noutra, do reencontro, como nosso querido Cacá e a Ester.

    Dos amigos que vamos conquistando pra muito mais do lado esquerdo do peito, como nosso querido André, a Celêdian, a Fernanda e tantos tesouros mais que, desde já peço desculpas por não citar todos, já que a lista é imensa e, embora o coração seja grande, minha memória me dá calote quase sempre rs.

    Marcio, me anjo. Feliz me sinto em descobrir, muitas vezes por intermédio seu, pessoas maravilhosas que nos acrescentam esperança e aquele afago nascido pra muito mais do que as palavras.

    Defendo e acredito nisso: de que existe sim "famílias" que se formam por essa convivência, pelas afinidades, pelos sentimentos em comum. Que são muito mais que amigos, que nos dão a força quando necessária e o puxão de orelha também.

    Tenho aqui, uma bonita família. Familia Poema? Literária? apenas Família? talvez. Seja lá o nome que se dê. Mas o fato é que, o sentimento que nos une e unirá ainda muita gente à nós, é maior do que qualquer nomenclatura. Sempre será.

    Linda crônica meu tesouro e quanto a mim rs, vou te puxar as orelhas mais tarde rsrs

    Obrigada sempre pelo carinho e companherismo, até nas traquinagens rs

    Te adorooooooo, Marcitcho!

    Beijo na alma e um peteleco no nariz,
    Sam.

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  4. Fico félix em saber... rss

    Principalmente que vai tomar as crônas ninovo cum forza total...
    P.S.- Banner novo, cheiro de coisas boas no ar....
    Valew véi
    Só farta aparecer mais nos cantos dos que admira anssim como eu.

    Abraços, fé e parabéns
    Tatto

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  5. Olá, meu amigo!

    O exercício da escrita só lhe faz bem, com o passar do tempo só melhora, como os bons vinhos. Li a crônica de André e agora leio a sua, na minha opinião dois titãs da escrita, emocionante, ambas. Eu, como não sou cronista sigo admirando quem é, porque afinal de contas a poesia está também na beleza sutil da escrita, nas entrelinhas, na emoção, nas intenções. O poeta lê uma crônica buscando as curvas sinuosas do sentimento, do coração e se emociona junto.

    Muito sucesso para você, sempre, e obrigada pela gentil visita!

    Abraços,

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  6. Márcio, bom dia, meu querido amigo!

    Obrigado primeiramente pela generosa referência.

    Eu tenho dificuldade até hoje em definir qual é o meu estilo e se o tenho. Mas muitas pessoas me dizem saber se o texto é meu ou não já logo no primeiro parágrafo. Então acho que é isso um estilo. Com você eu sinto o mesmo. A história vai nos contextualizando, vai nos emocionando, vai nos envolvendo e eu sei dizer se é uma história narrada pela talentosa pena de Marcio Jr. Se não tiver a ssinatura dele abaixo, poderá até não ser um plágio, mas o texto de outro alguém que se inspirou nele por admiração. Muito bom!

    Grande abraço, meu amigo e obrigado novamente. Ótima semana. paz e bem.

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  7. Marcio, meu querido amigo, primeiro quero agradecer teu carinho no dia de meu aniversário e dizer que eu também casei no ano de 1990 (graças a Deus, também separada, amém!)..rsrs.
    Sua presença lá me fez muito feliz.

    Gosto de te ler, me prende bastante a atenção.
    Gosto desse seu jeito transparente, diz o que sente e dá até pra "ver que chorou".
    Eu não sei fazer crônicas, mas admiro muito quem sabe, e você o sabe maravilhosamente.
    Um dia, assim que o dindim permitir, quero adquirir teu livro e lê-lo calmamente deitada em minha cama.

    Tenha uma semana de muita paz.
    Beijos com carinho.

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  8. Passeando nesse belo texto e agora e constatando: maninho você é fera em crônicas. Adoro teu estilo, você prende desde o começo e é uma sensação maravilhosa ficar caminhando por pessoas, lugares, e lembranças contigo.
    Não consigo imaginar você sem muitos livros escritos. Você é simplesmente fabuloso! Maninha aqui orgulhosa e toda prosa com o mano querido. Porque ale de ser um escritor de talento, é uma alma super nobre.

    Obrigada por fazer parte de minha vida.

    PS:O amor é sempre a saída para tudo.
    O paliteiro rsrsr.Ainda não é enxoval. Apenas para passar o tempo. É bem assim, estou escrevendo, daí surge uma ideia de fazer alguma coisa e vai ganhando vida na minha mente, e então tenho que fazer para ver se dá certo rsrsrs. Tua maninha é meio criativa viu? Tomara que a Sam não leia teu comentário rsrsr.

    Baijão

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  9. Meu querido amigo Márcio!

    Confesso que fiquei confusa por onde deveria começar as minhas considerações sobre o que acabo de ler aqui. Sim, pois eu não saberia estabelecer uma ordem de importância, ou o que mais me emocionou: a excelência de seu texto, a grandeza de seu gesto amigo, as justas e merecidas palavras sobre o nosso querido André Bessa, ou o meu agradecimento por colocar-me perto desses preciosos cronistas que você citou. Realmente não importa a ordem, porque todas as coisas são igualmente relevantes e me tocam da mesma forma magnânima que você descreveu.

    Então resumindo, só posso acrescentar que a sua bela crônica tem cheiro de qualidade literária, o seu gesto em dedicá-la ao amigo André e de citar a mim e a outros amigos, tem cheiro de afeto. Às suas considerações ao trabalho de André, acrescento que ele é para mim um ícone da literatura moderna e digo sem nenhum receio, é o maior poeta vivo que conheço, além de toda a minha mais autêntica admiração pelos textos dele em prosa. Resta-me então agradecer e teria que fazê-lo efusivamente, por tanto que me sinto feliz, honrada e orgulhosa de ter amigos desta safra de grandiosos escritores e poetas e principalmente por você ter-me citado em seu texto ao lado deles, obrigada.

    Nada de teimosia, meu amigo, é apenas o reconhecimento de que ainda estou engatinhando nas crônicas, não para equiparar-me a vocês, mas para oferecer-lhes grandes emoções, assim como vocês fazem comigo.

    Parabéns por esta crônica genial, com o cheiro das suas lembranças, que adentram às minhas narinas e fazem deleitar o meu olfato no complexo exercício dos sentidos, que confluem para a emoção. Parabéns ao André que com a mesma intensidade arrebatou os meus sentidos, na crônica belíssima que dedicou-lhe.
    Obrigada, meu querido.
    Beijos para você e André.
    Celêdian

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  10. E coisas boas, que nos marcaram, o tempo realmente não levará.Ficam pra sempre !

    Nem preciso dizer o quanto gosto de te ler e das tuas crônicas... Sabes bem!! Desejo poder muito tempo te acompanhar... abração,obrigado pelo carinho,chica

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  11. Ah Márcio, há tanto que não te lia e voltar com um texto tão lindo é de encher o coração de alegria. Discordo que você não tenha um estilo. Pra gente que está começando agora, como eu estou, ler você é tomar muito aprendizado. Suas linhas são de tamanha importância.

    E devo confessar, foi você quem me trouxe lembranças enormes. Os primeiros livros que li, eu consegui aos quatorze anos. Série vaga-lume, e eu os lia à noite, com a luz da cozinha que entrava no quarto e iluminava o pé da minha cama. Lia até às duas da matina e caia de sono em cima do livro, não por tédio, mas porque era muita vontade, mas o sono me alcançava antes.

    Senti essa alegria, essa vontade de ler até o final, hoje, com o seu texto. Você, que já me era caro, tornou-se especial.

    Um abraço grande do seu declarado fã.

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  12. Márcio, à medida que lia o seu texto,fui sentindo uma saudade imensa daquele tempo. Lembrei-me do meu pai com seu jornal, a chuva fina caindo na calçada, frio! Sim! No Rio de Janeiro, qualquer temperatura abaixo dos 15 graus é frio, rsrsrs. Fui viajando com o seu texto. O seu estilo? Gosto de todos.! Um texto com estilo é bom,, mas um texto envolvente é melhor ainda! Felicidades!Tudo de bom!!!
    Bjnhos

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  13. Admiravel Marcio,estas lembranças teimosas e belas ficaram tocaveis e com cheiro de um tempo feliz da criatividade.Tenho o prazer de saborear a arte das referencias aqui muito bem lembradas com elegante afetividade,tanto no RL como nos blogs.Sua arte é perfeita pois carrega o quesito de nos colocar na cena e para mim o que se escreve ganha dimensão justamente quando se alcança esta particularidade.Ou seja tem vida.
    Parabens meu amigo,voce contribui e muito no aprendizado, dos que engantinham por esta arte.O André é mesmo uma referencia perfeita e justifica esta homenagem.A ele meu com desejo que esteja bem de saude e com paz.
    Meu abraço de gratidão e admiração.

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  14. Boa Noite Márcio Jr
    Primeiro agradeço a visita as palavras de apoio e incentivo.
    Muitas histórias vivem dentro de nós. Um dia ouvimos alguém falar delas e de tantos personagens que nos povoam.

    Gostei também da tua crónica e história de vida.
    Os homens fazem-se superando as dificuldades e lutando por aquilo em que acreditam.

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  15. Oi, Márcio. As crônicas sempre chamaram muito a minha atenção, quando pego o jornal Zero Hora vou direto a elas e ultimamente( no jornal) tenho me deleitado com as de Fabrício Carpinejar.
    Aqui, deleito-me com Márcio Jr ( não sei se conheces kk ),as da Fernanda e da lorena do blog "Pequena Aprendiz". Caminho por cada palavra que vocês escrevem, tem horas que paro surpreendida e para pegar fôlego e prossigo para novas descobertas.
    É maravilhoso ler o que escreves. Bjs

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  16. Marcio,eu faço parte das tuas fãs e o considero um excelente cronista!Tb escreve poesias muito bem, mas sei que prefere as cronicas.Tb adoro ler cronistas e sempre tem algum mais prferido do momento.Ferreira Goulart na Folha de São Paulo sempre me pega!...rss...obrigada por madrugar no meu blog!...rss..chegar antes da Chica não é pra qualquer um!...rss..ela levanta cedo mesmo por causa do Kiko.De fato, há muitos cronistas bons na blogosfera e vc com certeza, está entre eles!Bjs e meu carinho!

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