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Tanto se mostra assim,
charmosa e manhosa,
que na volúpia das horas,
cobre teus lábios de carmim.
Me tirou a vergonha,
mordendo minha boca,
atiçando fogo em meu corpo
e se fazendo insanamente minha.
Sou agora mero menino,
um pequeno solitário,
que chora pelos cantos
implorando por teu suor.
Queima no meu interior
a dor ardida da gula
que só cresce em querer,
do teu corpo em meu viver.
E se foi, volta, eu quero.
Se choro, eu sei, espero.
Sou, agora, nada mais do que um nada,
teu peito eu quero, agora, na madrugada.
Meu pranto é que te mando,
meu desejo é que te chama,
meu corpo é que maltrata,
meu coração é que inflama.
Há de ter algo para mim,
que coma parte desse tempo
que tanto separa nossos corpos,
e que atenda esse meu lamento.
Marcio JR
FOGUEIRA NA ALMA
(Interação da Sam - blog Vou te Contar)
Deixei na fogueira, o dissabor
embriagado, o desamor
que esqueci
no último gole de solidão.
Atenta, amanheci
esse teu lamento,
na dor dos riachos esfumaçados
no meu vão de pensamento
que insanos, no morrer das horas,
cantam no vento e encharcam as vidraças
com saliva de chuva,
com gosto de uva.
embriagado, o desamor
que esqueci
no último gole de solidão.
Atenta, amanheci
esse teu lamento,
na dor dos riachos esfumaçados
no meu vão de pensamento
que insanos, no morrer das horas,
cantam no vento e encharcam as vidraças
com saliva de chuva,
com gosto de uva.
É mais que faísca
quando dos olhos arrisca
e arisca,
se risca no vento
dos mesmos sussurros mudos
ditados ao pé do ouvido,
da lareira incandescente
brasa da pele,
me respira de leve,
derrete.
Se faz carpete.
E lava
de forma deslavada,
o tinto da taça
e se despede.
É vinho!
Esse sangrar sozinho.
É gemido que lasca,
esse açoite que arde
e acalma,
o ardor da alma
que atravessa as paredes
e escorre, a morte
num rodar de segundo.
quando dos olhos arrisca
e arisca,
se risca no vento
dos mesmos sussurros mudos
ditados ao pé do ouvido,
da lareira incandescente
brasa da pele,
me respira de leve,
derrete.
Se faz carpete.
E lava
de forma deslavada,
o tinto da taça
e se despede.
É vinho!
Esse sangrar sozinho.
É gemido que lasca,
esse açoite que arde
e acalma,
o ardor da alma
que atravessa as paredes
e escorre, a morte
num rodar de segundo.
É mais que carmim, meu bem.
É ardido
o açucarado dos beijos.
E o meu,
por tantas vezes, indecente
é mais que doce.
E o doce,
escorre,
minhas umidades cadentes,
nesse meu pulsar latente,
místico e desbotado
vermelho carmim.
Escancarando as vergonhas
sem vergonha
que embarcam
e os carinhos são barcas,
são caminhos, os arrepios
quando o encontro das bocas
são conchas dos ontens
encontradas num fim,
num braço de mar,
abraço de amar
e amar é maré
sem fim
que ficou em mim,
o doce do sim.
Porque é assim!
Pra você
meu ardido, meu bem
é mais que carmim!
É ardido
o açucarado dos beijos.
E o meu,
por tantas vezes, indecente
é mais que doce.
E o doce,
escorre,
minhas umidades cadentes,
nesse meu pulsar latente,
místico e desbotado
vermelho carmim.
Escancarando as vergonhas
sem vergonha
que embarcam
e os carinhos são barcas,
são caminhos, os arrepios
quando o encontro das bocas
são conchas dos ontens
encontradas num fim,
num braço de mar,
abraço de amar
e amar é maré
sem fim
que ficou em mim,
o doce do sim.
Porque é assim!
Pra você
meu ardido, meu bem
é mais que carmim!
Belo poema.Intenso e quente como a paixão.
ResponderExcluirBeijos e ótimo fim de semana.
Qualquer frase ,qualquer palavra,qualquer
ResponderExcluircoisa que se diga,ainda seria pouco diante
de tanta emoção retratada em versos.
Adorei!
Abraços.
Rapaz você arrebenta bem em todoas as posições! Grande craque das palavras.
ResponderExcluirAbraços.
40º à sombra de uma paixão fulminante,
ResponderExcluiré muito bom ver seus versos livres novamente,
uma beleza de poema!!!
A sensualidade flui naturalmente nestes teus versos, caro amigo! Parabéns! Um abraço
ResponderExcluirme deixou sem ar..
ResponderExcluirDe que adianta ser grande e imponente
se diante do amor vira um menino indefeso..
adorei..
bjo boa noite...
Marcio,
ResponderExcluirDe tudo que já li aqui no teu blog, estas são as palavras mais bonitas, as mais sensíveis e as que mais me tocaram. Meus parabéns. Simplesmente, fantástico!
Beijo enorme e um ótimo findi!
Ps.: desconfio que você não tenha assistido o jogo.. hihihihi
Marcio querido, o que nos deixa o amor? A saudade, a vontade de estar perto, o lamento da perda... E, mesmo assim, a vontade de amar sempre e mais. Versos intensos, lindos, perfeitos! Beijo!
ResponderExcluirdeixei na fogueira, o desabor
ResponderExcluirembriagado, o desamor
que esqueci
no ultimo gole de solidão.
atento, amanheci
esse teu lamento,
na dor dos riacho esfumaçados
no meu vão de pensamento
que insanos, no morrer das horas,
cantam no vento e encharcam as vidraças
com saliva de chuva,
com gosto de uva.
(continua abaixo)
(cont.)
ResponderExcluiré mais que faísca
quando dos olhos arrisca
e arisca,
se risca no vento
dos mesmos sussuros mudos
ditados ao pé do ouvido,
da lareira incandescente
brasa da pele,
me respira de leve,
derrete.
se faz carpete.
e lava
de forma
deslavada.
o tinto da taça
e se despede.
é vinho!
esse sangrar sozinho.
é gemido que lasca,
esse açoite que arde
e acalma,
o ardor da alma
que atravessa as paredes
e escorre, a morte
num rodar de segundo.
(continua abaixo)
(cont.)
ResponderExcluiré mais que carmim, meu bem.
é ardido
o açucarado dos beijos.
e o meu,
por tantas vezes, indecente
é mais que doce.
e o doce,
escorre,
minhas umidades cadentes,
nesse meu pulsar latente,
místico e desbotado
vermelho carmim.
escancarando as vergonhas
sem vergonha
que embarcam
e os carinhos são barcas,
são caminhos, os arrepios
quando o encontro das bocas
são conchas dos ontens
encontradas num fim,
num braço de mar,
abraço de amar
e amar é maré
sem fim
que ficou em mim,
o doce do sim.
porque é assim!
pra você
meu ardido, meu bem
é mais que carmim!
Abraços, flores e estrelas... poeta inspirado e inspirador!
;-)
Marcio, como cronista, como poeta, como amigo, você é maravilhoso. Essa fogueira que arde na alma é paixão das grandes, amigo. Meu abraço.
ResponderExcluirAhhhhhhhhh, Márcio querido! Só você mesmo, com todo o seu carinho e carisma pra me fazer sorrir largo, assim, logo de manhãzinha.
ResponderExcluirVocê é uma pessoa super especial, de um brilho enorme e transmite uma energia, um vibração de bem. E digo: faz bem!
Faz bem à nossa vida, faz nossos dias serem mais alegres e mais bem vividos ou recordados e recoloridos nas lembranças com cores mais vivas e mais frescas.
Faz o coração se aninhar no peito, mas não pra se encolher e ficar escondidinho. Ele se aninha pra abraçar quem mora dentro. E você é sim, alguém que vem consolidando um quintal imenso, com um belo jardim aqui nessa casa-coração meu.
Suas palavras são sementes que darão flores, perfume e frutos.
Deixo aqui meu obrigada e meu beijo em tua alma!
Abraços, flores e estrelas...
É sim, é mais que carmim, é rubro, sensual, latejante feito o desejo desmedido e solto nas chamas do amor.
ResponderExcluirQue lindos e que interação bem sucedida!
Beijokas e uma semana deliciosa como esses dois poemas incandescentes.
Estranhamente, nos dois poemas versões diferentes do mesmo ato...
ResponderExcluirMas pelo jeito, o carmim não é só o batom, mas também o carmim de uma vida feliz e com volupia.
Fique com Deus, menino Marcio JR.
Um abraço.
Uau! Uma fogueira ardendo longe de ser da tal "Santa Inquisição" é a fogueira das palavras apaixonadas do Poeta Márcio. Parabéns pelo fogo que te consome e pelas palavras que saem da sua alma apaixonada. Márcio não consigo entrar na sua escrivaninha lá no recanto. Abraços poéticos natalinos piracicabanos de Ana Marly de Oliviera Jacobino
ResponderExcluirOi Márcio
ResponderExcluirTe conhecer virtualmente foi um presente bom!
o ano foi bom , fechando com amigos especiais.
"Arde na alma " é belíssimo ,e voce arrasou e a Sam com "Fogueira..." incendiou rs
que linda dupla !
estou amando os dois rs
"Meu pranto é que te mando,
meu desejo é que te chama... " lamentos que todos queremos ouvir ...
...e os "beijos açucarados da Sam , são de fato caminhos , arrepios , encontros e abraços.
Maravilhoso isso !
Parabéns aos dois ,
vou ver se acho o blog da Sam,Márcio
deixo um grande abraço e nos vemos mais por aqui
impossível ir embora rs
boa semana de espera para a ceia do Natal,em familia
abraços
Refrear um desejo, uma paixão... quem há-de? pois se já é vontade que nasce da vontade de se transcender em paixão – quem há-de? e é, justamente, esse "algo que come o tempo que separa os corpos" que, tal um azougue benfazejo, sempre atende os nossos lamentos. Brilhante como cronista, intenso como poeta, meu amigo Marcio, tu és um literato completo. Minha admiração, e que vai também à bela interação que fez eco a teus versos.
ResponderExcluirBoa semana, meu forte abraço. André
P.S.: há uma resposta para ti no meu texto da receita de salada.
Belos versos... Sensualidade em alta! Um cheiro.
ResponderExcluirUau, poeta, que belo e doloroso grito de saudade! Muito sentimento, sensualidade em boa medida, lindo demais! Parabéns, Márcio. Bjo.
ResponderExcluirCalma aí, pessoal!! Tudo bem que estamos num período de confraternização, mas dose dupla é muito embriagador. Bebi, ou melhor, li as duas em um só gole e sentir o efeito ardido da sensibilidade revolvendo a minha alma sem direção. Márcio, abraços; SAM, beijos
ResponderExcluirtem um mimo de natal pra vc..
ResponderExcluirsimples mas de coração!
bjO..
boa semana.
Marcio,
ResponderExcluirVersos lindos que cantam e encantam
a vontade de Amar...
Bjo.
Grande Marcio, como pode me dizeres que tu és um mero aprendiz das palavras?! Filho do céu... Tu tá de brincadeira comigo... risos. Admirável modéstia viu! A primeira parte escrita por ti, ficou muito envolvente, intensa. Gosto desse tipo de poesia, ou qualquer outro escrito, que seja curto e diga tudo, e a gente fique sem fôlego ao chegar o final da leitura. E isso aconteceu agora, após ler-te!
ResponderExcluirGrande beijo, e fique com Deus!!!
Poema maravilhoso! Obrigado pela visita e pelo comentário. Estarei postando uma novidade por dia e espero que goste. Feliz Natal! Abç!
ResponderExcluirUau!!!!
ResponderExcluirSumo um pouco e quando retorno, vejo chuva de poesias.
Que lindos!!!
Amei Marcio o teu poema e o da Sam, ficaram divinos.
Nossa mas vocês deram um show de beleza , vestiram o verbo amar com toda a realeza que a poesia pede.
Amei!
Beijos aos dois amores.
Fernanda