quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

2011. PEDIDOS E RESOLUÇÕES DE ANO NOVO

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Passeando pelos blogs amigos, parei no blog da Neca (Blog AI DE MIM QUE SOU ROMÂNTICA) e comecei a ler a postagem que ela fez com relação à virada de ano. E ela me fez pensar nesses últimos anos e nas coisas que sempre pedi ou nas resoluções que fiz.

Engraçado é que, ultimamente, não tenho pedido nada, e não tenho feito resolução alguma, pelo contrário. Tenho um único ritual, do qual não abro mão. Gosto de passar a virada de ano abraçado ao meu filho. Não que eu acredite que isso me traga sorte ou algo do gênero, mas tenho nele o meu maior legado, pois é a minha semente plantada neste mundo. E nada melhor, nesta hora, do que estar abraçado ao que te é mais importante. E sabe o que mais? Diferente de pedir algo para o ano vindouro, eu agradeço pelas coisas que tive no ano que acabou.

Agradeço pelo que de bom me aconteceu, mas também agradeço pelo que de ruim possa ter me acometido. Agradeço por estar vivo, e por ter superado as mazelas que, por vezes, a vida impõe. Agradeço pelos amigos que fiz, e também agradeço pelos amigos que me seguem durante toda minha jornada. E os inimigos? Não sei se os tenho, mas se assim os tiver, agradeço por eles terem se ocupado com outras coisas além de minha pessoa. Agradeço pelas palavras amigas e de incentivo que ganhei, mas também pelas palavras duras e que vieram na hora certa e me fizeram acordar, ver que estava fraquejando. Agradeço pelos olhares ternos, e também pelos severos (minha mãe, principalmente), que são os mais incentivadores. E, ao fim de tudo, agradeço unicamente pelo fato de ter algo pelo qual... agradecer.

Seria tão frustrante pedir algo e não conseguir realizar, não é? Prefiro assim, continuar sempre agradecendo a Deus pelo que Ele me concede, principalmente a força para sempre continuar tentando melhorar.

Teria tantas pessoas a quem render homenagens neste fim de ano, mas seria uma enorme injustiça deixar alguém de fora, pois foram muitas as pessoas que me acolheram e ajudaram de algum jeito. São as Reginas, Hugos, Vanessas, Caios, Angelas, Andrés, Iones, Antonios, Camilas, Anas, Fernandas, Josés, Marias, Elzas, Neca (inspiradora deste texto)... Samara. Enfim, é tanta gente, que se acaso esquecesse alguém, não me sentiria bem. Portanto, escolhi alguém que me foi muito importante neste fim de ano, e que ganhará um abraço especial e representativo a todos que me acolheram tão bem na blogosfera.

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Ester Marques (blog UNI VER SOS). Minha querida amiga. Você que provocou um reboliço na minha vidinha tranquila de “escrivinhador”, que virou madrinha do Abismo das Vaidades, e que tanto me incentiva, meu abraço, meu beijo e meu carinho.



A todo aquele que passou pelo meu blog, deixando suas marcas, ou simplesmente passeando de forma silenciosa, meus sinceros votos de um Novo Ano repleto de realizações, sorrisos, PAZ e felicidades.

FELIZ ANO NOVO.


Marcio JR

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM

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O que observamos primeiro em alguém? Como julgamos uma pessoa? Será que nossos critérios estão aptos a separar o joio do trigo, ou nos deslumbramos com meras cascas, sem nos importar com o principal, ou seja, o conteúdo, a essência?

Iludimo-nos, às vezes, com aspectos físicos, inteligência, nível de conhecimento ou posicionamento social das pessoas. É algo até certo ponto normal, pois quem não gosta de observar alguém bem apessoado e demonstrando firmeza ao descrever certo assunto?
As pessoas belas e que ostentam bens materiais caros sempre nos despertam a atenção também. Mas, o que agrada aos olhos e ouvidos, normalmente ilude o cérebro à primeira vista. E, em certas ocasiões, ilude tanto, que nos vemos envolvidos em grandes equívocos.

A questão de beleza física é muito relativa, tendo cada indivíduo um padrão para classificar esse item. Porém, com a tecnologia caminhando a passos largos, hoje se pode utilizar várias formas para produzir beleza artificial, seja em aparência facial ou condicionamento físico. E quantas vezes olhamos para alguém sem o mínimo atrativo e ficamos pensando: “essa pessoa é feliz assim, sem chamar a atenção de ninguém?” Talvez seja, pois não é a ostentação de beleza que vai fazer de alguém uma pessoa feliz. Assim como a quantidade de bens materiais ou um nível superior de conhecimento vai render mais ou menos essa condição.

São muitas as qualidades que admiro nas pessoas, e uma das que mais me apetece é a humildade. Uma pessoa humilde, independente de beleza física, condição social ou nível de conhecimento, jamais se aproxima de alguém com o intuito de menosprezar ou espezinhar. A humildade implica em despojamento, modéstia e simplicidade. A bondade que emana da alma de uma pessoa humilde a faz extremamente atraente, e ela dissemina essa bondade sem exigir nada em troca. Ela não humilha ninguém, não rebaixa ao próximo com seu conhecimento ou posicionamento social, ao contrario, ela reparte o conhecimento que tem. E então, por menor que seja o atrativo físico que essa pessoa humilde tenha, ela passa a ser de uma beleza enorme, pois é a grandeza de seu espírito que passamos a enxergar.

Já a pessoa sem essa bondade de espírito, se utiliza de cada aspecto artificial para se aproximar de alguém e tentar causar boa impressão. Essas pessoas nos iludem, se instalam em nossas mentes com uma facilidade enorme e, quando estamos entregues a elas, sofremos grandes decepções. Acordamos para o fato de que fomos enganados, e por vezes sem nenhum propósito concreto. Existem indivíduos que fazem isso como um ardil para algo ilícito ou simplesmente por crueldade mesmo. Dilapidam o patrimônio de terceiros ou magoam as pessoas para saciar um prazer sórdido que carregam com elas.

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Logicamente, nem sempre essas pessoas iludem outras por pura intenção. Fazem até sem ter noção do ato que estão praticando. São pessoas que iludem a si próprias, muito mais do que aos outros. Gastam o que tem para produzir um visual da moda, se endividam para adquirir bens que causem impacto (automóveis, por exemplo, ou telefones e jóias caríssimas), e se utilizam de conhecimentos adquiridos em almanaques de farmácia como uma forma de se mostrarem inteligentes. Por que isso? Pela necessidade que têm de aparecer perante aos outros, de se sentirem notados, pela ânsia ignorante de terem o ego massageado. Não causam relativo perigo, mas perturbam nossa paciência.

Então, não julgue ou pré-julgue alguém sem antes conhecer de fato essa pessoa. Você poderá desperdiçar a chance de conhecer alguém muito belo(a), e isso, independente da beleza física ou qualquer outra coisa que os olhos ou ouvidos possam vir a notar.

Marcio JR



sábado, 25 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DE CARLINHOS, UM CONTO DE NATAL

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Baseado em fatos reais

Nas mãos de Iara, mãe de Carlinhos, estava a carta que o menino de oito anos havia escrito para o Papai Noel.

“Meu amigo Papai Noel.

Nunca te pedi nada, mas, neste ano, preciso de algumas coisas. Sei que o senhor enxerga tudo daí do Pólo Norte, então sabe que mamãe e papai estão brigando um pouquinho além da conta. Faz eles terem mais paciência um com o outro?

Quero também que o senhor lembre da Ana, minha irmã. Ela sempre precisou de um pouco de carinho, mas tá faltando tempo aqui em casa para darem mais atenção para ela. Bem que o senhor poderia arranjar um namorado para a maninha. Mas alguém bom de coração. E aproveita e arranja um namorado também para a tia Cristina. Depois que separou do marido, anda tão chaaaata...

Papai Noel, traz um cachorrinho pro Lucas? Ele gosta tanto do cachorro do vizinho, e sei que morre de vontade de ter um.

Prá Joana, minha irmã que nasceu por minha causa, faz ela crescer feliz, faz?

E para mim, só quero uma coisa... pede pro Papai do Céu prá deixar eu viver só mais um pouquinho, só até o Natal. É a data que mais gosto, e quero poder ver minha família sorrindo só mais uma vez.”

Carlinhos, portador de Leucemia, não aguentou a espera por um doador de medula óssea que fosse compatível, e deixou este mundo no dia 27 de dezembro de 2007, exatamente uma semana antes de um doador apto ser localizado.

Se mais pessoas se cadastrassem como doadores, Carlinhos e várias outras crianças poderiam estar correndo por aí. É Natal, então, dê esse presente para essas crianças e para você mesmo. Elas terão mais esperanças em viver, e você terá feito um dos mais belos gestos de amor pelo próximo.

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Saiba mais:






Marcio JR

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PESSOAS ILUMINADAS

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Quanto mais conhecemos o ser humano, mais nos surpreendemos negativamente. E, quem sabe, se olharmos para dentro de nós mesmos, mas olharmos a fundo, também veremos muitas coisas erradas. Será que somos capazes de nos julgar com imparcialidade? Temos essa capacidade? Estamos prontos para ajudar nosso próximo com total desprendimento? Ajudaríamos a toda e qualquer pessoa, independente de cor, credo, raça, condição sexual ou qualquer outro fator? Ajudaríamos, se necessário fosse, um criminoso ou um inimigo?

Alguns de nós, seres humanos, buscam a elevação do espírito, a evolução da alma, na tentativa de ser alguém melhor. Alguns fazem isso de forma incansável, enquanto outros agem conforme o vento, às vezes rápido, outras como uma leve brisa e, em algum tempo, simplesmente ficam imóveis. Nascemos trogloditas, e desde que inventamos o fogo, caminhamos num sentido de evolução espiritual moroso. Queimamos, em épocas passadas, algumas “bruxas”, aquelas mesmas que curavam dores de estômago com ervas ou alguma outra coisa natural. E isso passa a ser tragicamente cômico, pois hoje, compramos essas poções de bruxaria em pequenas caixas, nos supermercados. Em nome da fé Cristã, caçamos e exterminamos pessoas, de outras crenças, na tentativa de recuperar a Terra Santa. Foram 7 as Cruzadas, e por onde passaram, deixaram um rastro de destruição. Aproveitaram-se para converter seguidores de outras religiões para o Cristianismo. Logicamente, era dada uma escolha justa: se convertia ou morria. Isso tudo ficou no passado, e existiu, logicamente, uma grande evolução frente a isso tudo. Mas estamos longe, ainda, de dizer que somos seres evoluídos.

Existe, no entanto, um tipo de ser humano que nasce sob o brilho de uma estrela poderosa. São o que se pode chamar de “pessoas magnânimas”, ou “pessoas iluminadas”. Não interessa em que berço elas nasçam ou a criação que elas venham a ter, o seu coração já tem um destino certo, o de ajudar ao próximo, independente de quem seja. Essas pessoas sabem reconhecer o sofrimento dos outros, sabem se aproximar de quem está com alguma agonia ou desgosto, e simplesmente ajudam, sem exigir nada em troca disso. Seus predicados são a benevolência, a humildade, a generosidade e a indulgência. Esquecem, por vezes, deles próprios para atender alguém que esteja sofrendo, e não raro, acabam prejudicados por isso, pois largam seus afazeres, absorvem muito daquele sofrimento, e sequer recebem um reconhecimento, por mínimo que seja.

Essas pessoas, quase sempre, têm histórias sofridas e de verdadeira abnegação, num altruísmo impossível de ser compreendido por outros meros mortais. E quando estão sofrendo, fazem isso quase sempre calados, para evitar que outras pessoas sofram com elas. Não são em grande número, mas se desdobram de tal forma, que conseguem se fazer presentes em vários lugares, como se seu dia fosse o dobro do nosso. Cansaço, intempéries, obstáculos, barreiras? Essas palavras não existem nos dicionários desses seres abençoados. A resiliência também lhes é peculiar, faculdade que lhes permite tornar a se erguer sempre após algum grande sofrimento.

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Quiçá todos fôssemos assim, mas somos apenas humanos normais, em constante evolução. Então, se você conhece ou se vir a conhecer alguém assim, estenda-lhe a mão de forma carinhosa, pois, muitas vezes, essa pessoa pode estar sofrendo calada, receosa em incomodar alguém. Dê-lhe uma palavra de conforto, ofereça seu abraço, pois ela, certamente, fará isso e muito mais por você, se necessário for.


E para todos, meus votos de

FELIZ NATAL, PAZ E FELICIDADES.

Marcio JR


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CAFÉ, MANHÃ PREGUIÇOSA, CHUVA FINA

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Manhã mansinha
Chuva fina, a preguiça.
Cobertores bagunçados,
O rosto colado no travesseiro.
Levanta, olha pela janela,
Vem correr comigo
Na terra molhada.
Vem ser criança, só mais um pouquinho,
E o dia tá inteiro,
Pronto para as travessuras.
A chuva?
Deixa ela cair no rosto
Molhar o corpo
Sossegar a alma.
Vem provar a fruta doce
De caldo vinho
Que escorre pela boca.
Os olhos de jabuticaba
A boca vermelha
O corpo quente.
Cada coisa com seu gosto
Cada gosto marcado no peito
E no peito o conforto de ser livre. 

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Pensei em deixar café e morangos,
Para satisfazer o ardido da boca.
Mas que tal um pouco de jabuticaba,
Adoçada no tom da voz rouca?



Marcio JR




OLHOS DE JABUTICABA

Aceito suas Jabuticabas daí,
que com as minhas daqui,
batucam no chão dos quintais
melodias de outros carnavais
quando saltam sapecas dos galhos.
Trampolim desajeitado,
vem sambando meu paladar
tecendo as cores e os sabores
numa colcha de retalhos.
E espalho, nesse meu gramado,
o meu viver despenteado
de vento,
aquarela pintada de tempo.

Ah, vou te contar...
que a jabuticabeira do meu quintal,
É beirada sem beira.
E destrambelhada, 
quando floresce e perfuma faceira 
esse meu arsenal...
de porquês,
de embriaguês desgovernada,
como criança levada.
E o meu olhar é um dedo apontando
o despontar roliço,
doce meu que cobiço,
jabuticabas do meu quintal.
E essas floradas viajantes,
são perfumes extasiantes
que adentram os pulmões pela porta
e janela da casa.
E faz casa!
Como asa que voa,
como vento que sopra
à toa, à toa, à toa.


Ahhh, e depois do cansaço
amanheço essas manhãs mansas.
E minhas manhãs,
minhas façanhas,
afogo numa xícara de café
e é!
Mais que perfume,
é!
O seu lume negrusco,
te busco,
e se te acho
te tasco um beijo
no queixo,
no eixo do teu centro.
e um afago eu deixo
nesse cabelo cor de café.

E também tem garoa, tem!
E histórias boas, vem!
Tem curva da estrada,
igual à curva quente do ombro
de quem me abraça,
me enlaça.
Porque sou de lua.
E se chuva, chuvisco
quando sei ser vento, te levo
e levo
um peteleco no nariz,
daquela gota gris.
E então que sai saltitando 
a criança que em mim mora,
e acorda as campinhas 
aquela menina
que colore a íris,
dilata a pupila
e faz canção a cantiga,
quando a minha preguiça
também inventa de ninar meus sorrisos. 
Meu olhar girassol,
nesses dias sem sol,
nesse arrebol
de viver sem pressa,
de noite e de dia
é poesia a chuva fina
na doçura pretinha
das jabuticabas,
quando acaba,
minha xícara de café...
Resta um mundo afora,
recheado de cafuné.

SAM


sábado, 18 de dezembro de 2010

ARDE NA ALMA

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Tanto se mostra assim,
charmosa e manhosa,
que na volúpia das horas,
cobre teus lábios de carmim.
Me tirou a vergonha,
mordendo minha boca,
atiçando fogo em meu corpo
e se fazendo insanamente minha.
Sou agora mero menino,
um pequeno solitário,
que chora pelos cantos
implorando por teu suor.
Queima no meu interior
a dor ardida da gula
que só cresce em querer,
do teu corpo em meu viver.
E se foi, volta, eu quero.
Se choro, eu sei, espero.
Sou, agora, nada mais do que um nada,
teu peito eu quero, agora, na madrugada.
Meu pranto é que te mando,
meu desejo é que te chama,
meu corpo é que maltrata,
meu coração é que inflama.
Há de ter algo para mim,
que coma parte desse tempo
que tanto separa nossos corpos,
e que atenda esse meu lamento.


Marcio JR


FOGUEIRA NA ALMA
(Interação da Sam - blog Vou te Contar)


Deixei na fogueira, o dissabor
embriagado, o desamor
que esqueci
no último gole de solidão.
Atenta, amanheci
esse teu lamento,
na dor dos riachos esfumaçados
no meu vão de pensamento
que insanos, no morrer das horas,
cantam no vento e encharcam as vidraças
com saliva de chuva,
com gosto de uva.


É mais que faísca
quando dos olhos arrisca
e arisca,
se risca no vento
dos mesmos sussurros mudos
ditados ao pé do ouvido,
da lareira incandescente
brasa da pele,
me respira de leve,
derrete.
Se faz carpete.
E lava
de forma deslavada,
o tinto da taça
e se despede.


É vinho!
Esse sangrar sozinho.


É gemido que lasca,
esse açoite que arde
e acalma,
o ardor da alma
que atravessa as paredes
e escorre, a morte
num rodar de segundo.

É mais que carmim, meu bem.
É ardido
o açucarado dos beijos.
E o meu,
por tantas vezes, indecente
é mais que doce.
E o doce,
escorre,
minhas umidades cadentes,
nesse meu pulsar latente,
místico e desbotado
vermelho carmim.
Escancarando as vergonhas
sem vergonha
que embarcam
e os carinhos são barcas,
são caminhos, os arrepios
quando o encontro das bocas
são conchas dos ontens
encontradas num fim,
num braço de mar,
abraço de amar
e amar é maré
sem fim
que ficou em mim,
o doce do sim.
Porque é assim!
Pra você
meu ardido, meu bem
é mais que carmim!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

BELOS SEIOS. MAS, O CÂNCER É SILENCIOSO. CUIDADO.

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E essa agora? Será que o ABISMO DAS VAIDADES mudou a temática do blog?

Não, mas a imagem acima é muito propícia para ilustrar um assunto muito sério.

Faz algum tempo, uma amiga, pessoa muito próxima, passou por alguns problemas de saúde e, num exame rotineiro, descobriu ser portadora de Carcinoma Ductal, ou seja, câncer de mama.

O tratamento teria sido facilitado, caso essa amiga tivesse descoberto muito antes a doença. Mas, quis o destino e a teimosia dela em não fazer o auto-exame ou em não consultar um médico, que o quadro só fosse descoberto tarde demais. O seio esquerdo foi retirado e, agora, ela corre o risco de perder o outro.

Se você é mulher, e acha que é besteira o auto-exame, tome cuidado. O câncer de mama não pede licença, e em seu começo, é indolor. E mais para frente, cobra um preço muito alto. Não custa perder alguns minutinhos e fazer o auto-exame. No entanto, somente o auto-exame não basta para uma maior prevenção. Consultas regulares com especialistas também são necessárias.


Mas, que os homens não se iludam, achando estarem livres desse terrível problema. Os índices de câncer de mama masculino vêm crescendo assustadoramente nos últimos anos.

E se você é homem, conheça um pouco mais sobre a doença em seu aspecto masculino (PORTAL G1 ou no site BEM DE SAÚDE). E mais um detalhe. Perca um pouco a vergonha, e incentive sua esposa, filha, mãe, amante, amiga ou qualquer outra mulher que esteja próxima a você a se auto-examinar. Não é feio nem ridículo se importar com a saúde de alguém de quem se gosta. Porém, no caso das amigas ou de mulheres conhecidas que estejam próximas a você, É APENAS PARA INCENTIVAR, E NÃO PARA FAZER O AUTO-EXAME NELAS, principalmente se você for casado.

Os principais sintomas:

Feminino:
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

Masculino:
O principal sintoma do câncer de mama no homem é o aparecimento de nódulo indolor na região da auréola, (bico do peito), onde o tecido mamário se concentra, podendo provocar coceira e irritação.


Saiba mais:




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

IMPRUDÊNCIA E BANHO FRIO

vídeo: PARANÁ TV (RPC) YouTube



O fato aconteceu no mês passado, novembro/2010, em Curitiba/Pr, mas vale a pena rever.


As vezes, por mais consciência que a pessoa tenha, acaba pagando por algum erro, e neste caso específico, um erro de outra pessoa.


Um empresário, depois de beber umas e outras, deixou seu veículo aos cuidados do bar onde estava, e chamou um táxi. Mas, não esperava que o taxista estivesse ainda mais alcoolizado que ele.


E olha no que deu:

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Nada como um banho frio para curar um porre.

Marcio JR

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

“TROPA DE ELITE” É CONTO INFANTIL?

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Reedição

Carol, Bernardo e Sofia querem dormir. Idades: seis, quatro e dois anos. E todos são ávidos por historinhas para dormir. A esposa já se aninhou por perto também e, engraçado, é a primeira que dorme. Coloco os maiores ao lado da mãe e pego a Sofia no colo e a deixo escolher a história.

Vamos começar. Primeira historinha escolhida é “O patinho feio”. A leitura ia bem até que, num certo ponto, me deparo com atitudes que, em linguagem moderna, parece bullyng. Os patinhos, irmãos do feioso, literalmente humilham o dito patinho feio.  Paro a leitura e me pergunto até que ponto aquilo poderia influenciar a formação de caráter das crianças. Por via das dúvidas, melhor mudar de história. Vamos para outro conto.

A Sofia, maluca por imagens, põe o dedo sobre o “Gato de botas”. Tá bom, um gato que usa botas. Que mal pode haver nisso? Prá encurtar, durante o conto o gato roubou, usou de artimanhas ilícitas para se apropriar de um castelo, mentiu, induziu à mentira quando obrigou aldeões a enganarem o rei, fez seu dono mentir ao rei para poder se casar com a princesa (golpe do baú) e ainda praticou canibalismo, pois comeu o ogro, que era o dono legal das terras locais (acho que seria homicídio com ocultação de cadáver). É... passemos adiante.

Já tenho vontade de pedir para a Sofia ir mais devagar, mas ela foi mais rápida que eu, e o conto da vez seria “A bela e a fera”. A essa altura, a mãe, a Carol e o Bernardo já haviam dormido, e a Sofia mal entendia o que estava acontecendo. Então, passei os olhos por esse conto, e também por outros e vi algumas coisas que não gostei e que relato abaixo:

-A bela e a fera – cárcere privado, seqüestro, atitudes vingativas

-A cigarra e a formiga – vadiagem

-Branca de neve – morte encomendada, tentativa de homicídio, uso de drogas

-A pequena vendedora de fósforos – crianças largadas ao relento, morte de indigentes

-Ali Babá e os 40 ladrões – politicagem, roubo, apropriação e uso indevido de senha (abre-te sésamo)

-Cachinhos dourados – invasão de domicílio, furto

-Cinderela – exploração de trabalho escravo, inveja, ganância

-João e Maria – gula, tentativa de assassinato e canibalismo (a bruxa queria devorar as crianças)

-Chapeuzinho vermelho – canibalismo (o lobo comeu a vovó), assédio, mentira, crime ambiental (mataram o lobo)

-João e o pé de feijão – roubo, assassinato (o gigante despencou das nuvens quando o pé de feijão foi cortado), crime ambiental (corte do pé de feijão)

-Pinóquio – mentira

-Negrinho do Pastoreio – violência contra a criança, racismo, homicídio com requintes de crueldade.

A essa altura, eu já estava desnorteado. Continuar lendo aquilo e ter o risco de meus filhos absorverem aqueles valores (valores?), ou parar definitivamente aquelas leituras e eu mesmo escrever os contos? Cabe dizer que estou pensando seriamente na segunda hipótese.

As crianças que cito como filhos, são personagens fictícios, mas, cabe algumas questões, as quais ficam rebatendo na minha mente. Filhos, o que mostrar a eles com relação a esses contos ou outros mais modernos? O que deixar assistir na TV, quais informações sobre o mundo eles podem ter? Quando liberar a internet para eles? Até que ponto isso tudo influencia na formação do caráter de uma criança?

Num exemplo mais próximo, o da televisão, tomemos dois programas muito apreciados pelas crianças. Em primeiro lugar, o desenho do Pica-Pau, que eu adorava. A violência e os maus exemplos predominam, onde a maioria é cometida pelo personagem principal do desenho. E sabe o que mais? Mesmo aprontando tanto, ele sai, quase sempre, ileso e vencedor em seus embates. O segundo programa é uma produção mexicana e que atende pelo nome de “As aventuras do Chaves”. Dele, temos um exemplo péssimo de violência contra a criança, pois os personagens infantis vivem levando beliscões, cascudos, tapas ou sofrendo agressões verbais dos personagens adultos. Além disso, existe um sério caso de discriminação social entre os personagens da história e uma série de outros problemas, que alongariam demais esta crônica.

Já nem sei mais se contaria uma história infantil para meu filho ou o colocaria para assistir ao filme “Tropa de Elite”. A violência contida é quase a mesma.

Marcio JR